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Assembleia Legislativa

Deputados devem votar Funeas e auxílio-moradia para juízes no "tratoraço" nesta terça

Projetos devem ser votados em comissão geral, com todas as votações em uma só sessão. As duas propostas são polêmicas

Requerimentos para que seja instalada comissão geral para a votação dos projetos de lei que criam a Fundação Estatal de Saúde (Funeas) e o auxílio-moradia para juízes e desembargadores do Paraná foram apresentados nesta segunda-feira (24) ao presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Valdir Rossoni (PSDB). Os pedidos serão votados nesta terça (25) e a comissão geral – que permite o chamado "tratoraço", com várias votações em uma só sessão – deve ser instalada logo em seguida, no mesmo dia.

O projeto da Funeas chegou a ser apresentado em dezembro, mas foi retirado de pauta por pressão de servidores da saúde, que consideram a fundação uma "terceirização" da área e fizeram várias manifestações nas galerias do plenário.

A Funeas é uma fundação estatal de direito privado, que faz parte da administração pública indireta. Pelo projeto, a fundação administraria parte dos serviços de saúde prestados pelo estado, como compra de equipamentos e contratação de médicos para serviços específicos.

O governo tem pressa porque há um período de cerca de 120 dias para que a Funeas comece a funcionar depois da aprovação do projeto de lei, mas a legislação impõe restrições na contratação de funcionários e serviços no período eleitoral, que começa em julho. Com as restrições, seria possível que a fundação começasse a funcionar apenas em novembro.

A fundação também permitiria ao Executivo contratar médicos sem risco do estado ultrapassar os limites legais de gastos com pessoal estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). No ano passado, o Paraná teve empréstimos na Secretaria do Tesouro Nacional (STN) negados por terem supostamente extrapolado o limite prudencial.

O requerimento para a instalação de comissão geral nesse projeto é de autoria do deputado Ademar Traiano (PSDB), líder da bancada do governo.

Auxílio-moradia

O projeto que institui o auxílio-moradia entre as vantagens que juízes e desembargadores podem receber foi apresentado em dezembro. O texto, porém, não especifica o valor do auxílio e nem quem poderá recebê-lo. Essas definições seriam dadas depois pelo próprio Tribunal de Justiça (TJ-PR), sem necessidade de passar pela Assembleia de novo.

O nome do deputado que enviou o requerimento para a instalação da comissão geral não foi divulgado até o momento.

Em 2013, decisões do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinaram a suspensão de resoluções que fixam o pagamento de auxílio-moradia de até R$ 6 mil a magistrados de pelo menos cinco tribunais.

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