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Em uma sessão tumultuada no final da tarde desta quinta-feira (8), os deputados do Rio Grande do Sul arquivaram, por maioria, o pedido de impeachment que tramitava na Assembleia Legislativa do Estado contra a governadora Yeda Crusius (PSDB). Foram 16 votos favoráveis de parlamentares da base aliada da governadora. Os integrantes da oposição já haviam se retirado da sessão em protesto.

Em larga vantagem numérica, os integrantes da base de sustentação do governo de Yeda acataram o parecer da relatora, Zilá Breitenbach (PSDB), que recomendou o arquivamento do pedido. Em seu relatório, Zilá argumentou não ter identificado "justa causa" para autorizar a admissibilidade do requerimento de instauração de processo por crime de responsabilidade contra a governadora gaúcha.

Presidente do PSDB estadual, mesmo partido de Yeda, Zilá precisou de cinco dias para elaborar o parecer que foi entregue na noite de segunda (6) ao presidente da comissão encarregada de analisar a admissibilidade da proposta, o líder do governo na Assembleia Legislativa, Pedro Westphalen (PP).

Yeda já responde à ação de improbidade administrativa na Justiça Federal gaúcha e também é alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga denúncias de corrupção em sua administração na Assembleia.

Impeachment

O pedido de impeachment foi protocolado por integrantes do Fórum dos Servidores Públicos do Estado (FSPE) no dia 9 de julho e acolhido, para análise de admissibilidade, pelo presidente da Assembleia Legislativa, Ivar Pavan (PT), no dia 10 de setembro.

Na justificativa, os signatários sustentaram que havia um conjunto de denúncias de corrupção envolvendo agentes do governo do estado. O principal indício citado foi uma carta que o empresário Lair Ferst, ex-militante do PSDB e um dos réus do caso Detran, havia enviado ao Ministério Público Federal relatando o uso de caixa dois na campanha eleitoral de 2006, pagamento "por fora" de parte do imóvel adquirido por Yeda no final daquele ano e arrecadação de propinas por agentes públicos. A governadora nega todos os indícios de corrupção.

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