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Deputados e governo chegam a impasse sobre tamanho da base

O governo do estado e os deputados podem ter chegado a um impasse sobre o tamanho da base de apoio a Beto Richa (PSDB) na Assembleia Legislativa. Depois das votações polêmicas do início do ano, o governo fez um “expurgo” dos parlamentares infiéis, que se recusaram, por exemplo, a aprovar a reforma da previdência e o reajuste parcelado do funcionalismo. Com isso, a bancada aliada caiu de 48 para 33 deputados. A oposição continua com seis integrantes. Os outros 15 hoje são considerados “independentes”.

Na semana que passou, porém, os “independentes” começaram a pagar o preço de não estar formalmente ligados ao governo. Cada deputado aliado de Richa pôde “apadrinhar” a entrega de três ambulâncias para municípios de sua base. Os que pularam fora do barco não tiveram o mesmo tratamento. Como esse tipo de benefício aos municípios é visto como fundamental para o projeto de reeleição de cada um, ouve-se que alguns independentes querem voltar ao reduto governista.

Segundo uma planilha a que a Gazeta do Povo teve acesso, cada um dos 33 deputados leais ao governo teve o direito de “apadrinhar” três ambulâncias. O governo insiste que o critério de seleção dos municípios foi técnico – mas os parlamentares puderam escolher quais entregar. No Facebook, deputados puseram as imagens dos veículos e da entrega aos prefeitos.

No entanto, o impasse surge em função da disputa entre os próprios deputados. De sua parte, o governo até poderia “perdoar” os infiéis e recebê-los de volta, sob condição de que passassem a votar com o governo. Para Richa isso poderia ser prudente, inclusive, para evitar ficar refém da base menor. Com o formato atual, se sete deputados mudam de lado, o governo pode perder votações – ou mesmo se houver um número significativo de ausências no plenário. Além disso, somada aos independentes, a oposição tem as 18 assinaturas exigidas para criar CPIs.

Mas os que se mantiveram ao lado do governo nas votações difíceis não querem agora dividir espaço. “A cada vez que alguém quer voltar, esbarra em outro deputado da mesma região que não quer concorrência”, diz um deputado governista. Assim, Cláudia Pereira (PSC), que é de Foz do Iguaçu, não desejaria ter de dividir o apoio do governo com Chico Brasileiro (PSD). Quando M árcio Pauliki (PDT) quis voltar, Plauto Miró (DEM), que divide votos com ele em Ponta Grossa, chiou.

Segundo essa lógica, quem teria mais chance de voltar seriam os que têm votos espalhados pelo estado, e não tomam uma cidade inteira de ninguém. Caso, por exemplo, dos pastores Edson Praczyk (PRB) e Gilson de Souza (PSC).

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