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Deputados ‘enforcam’ trabalho para curtirem festas juninas

Câmara oficializa quatro dias de folga nesta e na próxima semana. Apelo é para que, nos demais dias, haja esforço concentrado de votações. Mas plenário tem ficado vazio

Festa junina em Caruaru: deputados do Nordeste “precisam” participar do São João em suas base eleitorais. | Rafael Lima/Fotos Publicas
Festa junina em Caruaru: deputados do Nordeste “precisam” participar do São João em suas base eleitorais. (Foto: Rafael Lima/Fotos Publicas)

Deputados federais terão quatro dias de folga oficial, nesta e na próxima semana, para curtirem as festas juninas em seus estados. Como tradicionalmente ocorre todos os anos, a Câmara não realizará sessões de votações na quarta e na quinta-feira das duas semanas para que os parlamentares possam participar dos festejos.

O argumento para que sejam liberados é que os deputados, principalmente os do Nordeste, precisam participar das festas de São João em suas bases eleitorais. Em ano de eleições municipais como 2016, dizem, essa participação é ainda mais importante, sobretudo para aqueles parlamentares cujos redutos eleitorais são em cidades do interior.

Esforço concentrado

Para que pudessem ser liberados mais cedo, deputados tentaram fazer um “esforço concentrado” de votações entre segunda e terça desta semana. Na prática, porém, muitos emendaram a folga. Com dificuldade de quórum, a Casa acabou votando apenas uma medida provisória, em votação majoritariamente simbólica, ou seja, sem contagem nominal de votos.

Na próxima semana, o presidente interino da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), já prometeu liberar novamente os parlamentares na quarta e na quinta-feira, com o acordo para que participem das votações na segunda e na terça-feira. Nas sextas-feiras, normalmente já não há sessões de votações na Casa.

Maranhão avisou que não descontará nenhuma das faltas dos salários dos deputados. Segundo parlamentares, o deputado do PP já vem adotando essa postura desde que assumiu interinamente o comando da Casa - postura diferente da do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que descontava as faltas dos salários.

Corredores vazios

Na manhã desta quarta-feira (22), os corredores da Casa já estão vazios. As comissões permanentes também não estão funcionando. Os poucos deputados presentes estiveram no plenário, acompanhando sessão especial da comissão geral que debate o pacote de projeto de lei das Dez Medidas de Combate à Corrupção, que tramita na Câmara.

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