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A cota para o exercício da atividade parlamentar está sendo utilizada por alguns deputados federais de forma questionável. Segundo reportagem publicada pelo site Congresso em Foco, ao menos três parlamentares utilizaram o benefício para pagar pacotes especiais de televisão fechada com serviços de campeonatos de futebol e canal de pornografia. Em alguns casos, os televisores estão instalados nos gabinetes ou nas residências dos parlamentares.

O Congresso em Foco teve acesso às faturas de TV fechada dos deputados federais Flaviano Melo (PMDB-AC), José Airton (PT-CE) e Renato Molling (PP-RS). Os três, que são candidatos à reeleição, aderiram aos serviços extras das operadoras que incluem os chamados "canais adultos", compra de filmes e dos campeonatos de futebol por meio do sistema pay-per-view.

A cota parlamentar geralmente é utilizada para o pagamento de despesas como passagens aéreas, combustíveis e aluguel de veículos. Com essa cota, a Câmara e o Senado gastam ao ano cerca de R$ 253 milhões.

Outro lado

Renato Molling argumentou não ter ideia do que há em seu serviço de TV por assinatura. "É um pacote que foi feito. Não sou nem eu que faço. Fizemos essa assinatura para ficar por dentro das notícias, dos programas de política. Acredito que não deva ter isso [canais pornô e de futebol], porque o pacote que foi feito é o mínimo. Mas não sei o que tem lá", afirmou o deputado, que garantiu que irá ressarcir o gasto com os canais extras.

Já Flaviano Melo pediu desculpas à sociedade pelos excessos cometidos na contratação do pacote de TV fechada. "Já ressarci isso. Pedi à Câmara para me informar o valor que foi gasto com isso [canais extras]. Foi um erro meu? Foi. Mas foi um erro involuntário. Quando me alertaram, vi e corrigi", declarou. Procurado pelo Congresso em Foco, José Airton não foi encontrado.

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