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Miro Teixeira (PDT-RJ), membro da comissão que disputa a reforma política na Câmara | Luís Macedo/Ag. Câmara
Miro Teixeira (PDT-RJ), membro da comissão que disputa a reforma política na Câmara| Foto: Luís Macedo/Ag. Câmara

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A uma semana das votações, grupo ainda não chegou a consenso

Apesar de as votações estarem programadas para começar na próxima semana, ainda não há consenso no grupo encarregado de formular uma proposta de reforma política. O deputado Ricardo Berzoini (SP), por exemplo, defende que o tema prioritário seja o financiamento de campanha, com validade já para 2014. "A melhor forma é concentrar num único tema para 2014 e depois falamos do sistema eleitoral e da propaganda na televisão".

Em outra frente, Marcus Pestana (PSDB-MG) rechaçou a tese de que qualquer mudança "significativa" entre em vigor em 2014, enquanto que Marcelo Castro, do PMDB, quer que a votação comece pelo sistema eleitoral. Já o Guilherme Campos (PSD-SP) resumiu as dificuldades de se encontrar um "mínimo denominador comum": "Não existe nenhuma proposta com maioria que seja melhor do que a outra".

Com deputados demonstrando impaciência em relação ao alongamento dos debates, o grupo de trabalho da Câmara encarregado de formular uma proposta de reforma política deve começar a deliberar sobre o tema já na próxima quinta-feira, dia 29. Na reunião de ontem, o coordenador Cândido Vaccarezza (PT-SP) foi pressionado por parlamentares, suspendeu a audiência pública marcada para a próxima semana e antecipou a etapa de votações. Ficou acertado que os deputados vão decidir na semana que vem qual o primeiro tema da nova proposta de reforma política que será votado, mas mesmo nisso não há consenso.

Parte dos deputados que compõem o grupo participou das discussões de comissão especial que em 2011 tentou costurar, sem sucesso, uma proposta de reforma política na Casa. O argumento deles é que diversas audiências públicas já foram realizadas e proposições sobre determinados temas já estão cristalizadas. "O Vaccarezza não participou do outro grupo. Nós que participamos passamos muito tempo fazendo isso (discutindo) e não temos mais paciência", afirmou o deputado Marcelo Castro (PMDB-PE). "Não podemos ficar eternamente em audiências públicas."

A impaciência também foi verbalizada pelo pedetista Miro Teixeira (RJ), que alertou em sua fala que o atual grupo pode estar caminhando para um resultado para inglês ver. "Essa comissão está parecendo alguma coisa para apenas dar uma satisfação à opinião pública, mas isso vai gerar uma profunda insatisfação", afirmou. "A minha sensação é de desesperança, porque não percebo a vontade de deliberar para já."

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