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Os deputados julgam na noite desta quarta-feira, no plenário, o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP). O relator do processo, o deputado Cezar Schirmer (PMDB-RS), acusa João Paulo de ter sido beneficiado por recursos do valerioduto, de mentiras e de omissão e pede a cassação de seu mandato. O relatório foi considerado por integrantes do Conselho o mais consistente apresentado até agora e classificado pelos deputados de demolidor e magistral.

O relator considerou que o petista mentiu sobre o saque de R$ 50 mil feito por sua mulher, Márcia Milanesi, no Branco Rural, das contas de Marcos Valério; e sobre o recebimento de vantagens do empresário mineiro - uma caneta Montblanc e o pagamento de uma viagem da secretária Silvana Japiassu - enquanto a empresa SMP&B ganhava uma licitação milionária na Câmara em sua gestão.

Pelos corredores do Congresso na terça-feira, alguns parlamentares apostavam na absolvição do petista.- O resultado é imprevisível. A gente não sabe o que pode influenciar uma votação como esta - dizia João Paulo Cunha na manhã de terça-feira.

A aposta de petistas e aliados é que, além dos votos desse grupo, João Paulo poderá ser favorecido pelas amizades que conquistou durante os dois anos em que foi presidente da Câmara. Mas a seqüência de absolvições aprovada pelo plenário nas últimas semanas é justamente o que pode levar à cassação de João Paulo Cunha. Além disso, teria ficado clara a mentira de João Paulo ao negar o dinheiro recebido de Marcos Valério, o que pode ser fatal para ele.

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