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O ritmo de desmatamento na Amazônia Legal caiu 25,3% entre agosto de 2005 e julho de 2006, anunciaram nesta sexta-feira a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Foram desmatados, nesse período de 12 meses, 14.039 quilômetros quadrados. No mesmo período, encerrado em 2005 (agosto de 2004 a julho de 2005), haviam sido desmatados outros 18.793.

A ministra Marina Silva apresentou estimativa para o período de agosto de 2006 a julho de 2007, que indica uma nova redução de cerca de 31% no ritmo de desflorestamento, que deverá ficar em 9.600 quilômetros quadrados, com margem de erro de 10%. Casso isso se confirme, será o menor índice de desmatamento desde que o sistema de acompanhamento começou a funcionar no país, em 1988.

Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Dos nove estados da Amazônia Legal, apenas o Amazonas e Roraima apresentaram crescimento da área desmatada. No Amazonas, ela subiu de 752 para 780 quilômetros quadrados (períodos 2005/2005 e 2005/2006), o que equivale a um aumento de 3,72%. Em Roraima, o aumento de 133 para 231 quilômetros quadrados, um aumento de 73,68%.

O estado que concentrou o maior desmatamento foi o Pará, com 5.505 quilômetros quadrados de floresta devastados nos 12 meses. Ainda assim, o Pará teve uma redução de 4,48% em relação ao ano anterior. O segundo estado com maior taxa foi Mato Grosso, com 4.333 quilômetros quadrados, uma redução de 39,36%.

A ministra Marina Silva comemorou a redução, embora ressalve que é preciso avançar mais no controle do desmatamento:

- Estamos começando a dar conta da governança ambiental em um dos biomas mais importantes do planeta - disse.

Governo quer fim do desmatamento ilegal na Amazônia, diz Marina

Marina Silva lamentou que cerca de 80% das derrubadas praticadas na região sejam ilegais:

- Queremos desmatamento ilegal zero - afirmou Marina, lembrando ainda que o esforço de 13 ministérios do governo é para apresentar alternativas para que, mesmo na faixa de desmatamento legal, os produtores rurais e assentados da reforma agrária busquem alternativas de uso sustentável da floresta.

O secretário-executivo do ministério, José Capobianco, destacou que, de 2004 a 2006, a redução dos índices de desmatamento na Amazônia evitou a emissão de 410 milhões de toneladas de gás carbônico, o que equivale a quase 10% do que os países desenvolvidos deverão diminuir em termos de emissão de CO2 caso cumpram as metas do Protocolo de Kyoto para o período 2008-2012.

A ministra Dilma Rousseff cumprimentou Marina Silva e disse que é possível conciliar desenvolvimento do país com a preservação ambiental. Ela disse que o governo vai renovar o plano de ação dos 13 ministérios para tornar mais rigoroso o combate ao desmatamento da Amazônia nos próximos anos.

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