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Dezoito pessoas que trabalhavam no prédio da companhia aérea TAM, atingido por um avião que atravessou a Avenida Washington Luiz nesta terça-feira (17), ainda estão desaparecidas, de acordo com o capitão Nilton Miranda, do Corpo de Bombeiros.

"Nosso trabalho só termina quando localizarmos todas as vítimas e deixarmos o local em segurança", disse o capitão nesta quarta-feira (18). De acordo com ele, cerca de 50 pessoas estavam no prédio no momento do acidente. Três pessoas morreram depois de socorridas na noite desta terça.

Os bombeiros continuam o trabalho de resgate às vítimas na tarde desta quarta. Até 15h30, 168 corpos haviam sido retirados dos escombros. Os bombeiros consideram o trabalho de risco, pois muitas das operações acontecem sobre um posto de gasolina, que ainda tem combustível. "O risco é calculado, os tanques estão enterrados e estamos tomando cuidado para o fogo não chegar perto".

Por volta das 15h15, as equipes trabalhavam na remoção de uma laje que caiu sobre uma das turbinas, em um local onde foram achados muitos corpos. Segundo o capitão, a chuva que cai dificulta um pouco o trabalho. Um pequeno foco de incêndio foi controlado na tarde desta quarta. Cerca de 100 homens trabalham no local.

Trabalho difícil

O coronel do Corpo de Bombeiros Manoel Antônio da Silva Araújo afirmou nesta terça-feira (18) que o trabalho de remoção das vítimas é dificultado pelas ferragens e pela estrutura bastante abalada do prédio. "Todas as colunas estão trincadas. A laje inteira já veio abaixo e foi suportada pelo andar de baixo. A estrutura está em colapso", disse.

As equipes de resgate trabalham com equipamentos de cortes manuais, retroescavadeiras e alicates hidráulicos. "Todos os corpos ficaram nas ferragens, isto é o que mais está dando trabalho", afirmou. Há riscos para os bombeiros porque as estruturas que ainda estão em pé estão bastante abaladas.

Para acessar os diferentes pavimentos, os bombeiros estão entrando pelas janelas, já que as escadas do prédio estão bastante danificadas.

O acidente

O acidente foi o mais grave da história da aviação brasileira. O avião da TAM levava ao todo 186 pessoas. Mas o número de vítimas deve ser maior, já que a aeronave saiu da pista de Congonhas e atingiu um prédio da mesma empresa após atravessar a avenida Washington Luís, uma das mais movimentadas de São Paulo, no início da noite de terça-feira (17).

Os bombeiros estimam que cerca de 200 pessoas morreram nessa tragédia. Até então o maior acidente da aviação brasileira havia ocorrido em setembro do ano passado, com 154 mortos numa colisão entre dois aviões em pleno ar, nos céus da Amazônia.

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