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Na reunião, a presidente apresentou os argumentos para a defesa das medidas do ajuste fiscal | Ueslei Marcelino/Reuters
Na reunião, a presidente apresentou os argumentos para a defesa das medidas do ajuste fiscal| Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

A presidente Dilma Rousseff comandou, nesta segunda-feira, uma reunião de coordenação de governo ampliada, com a participação da equipe econômica, que apresentou os argumentos para a defesa das medidas do ajuste fiscal. Na reunião, a presidente insistiu no discurso de que é preciso gastar menos e melhor, mas afirmou que o corte no Orçamento da União a ser anunciado não será linear e levará em conta as prioridades de cada ministério.

Esta foi a segunda reunião comandada por Dilma com o grupo ampliado da coordenação. Até a semana passada, somente petistas participavam da reunião. Na última segunda-feira, Dilma estreou a coordenação ampliada, com ministros de outros partidos governistas e com o vice-presidente.

Segundo a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, a presidente afirmou que é preciso “gastar menos com Brasília para gastar mais com o Brasil”. Os ministros Nelson Barbosa (Planejamento), Gilberto Kassab (Cidades) e Kátia Abreu foram escalados pelo Palácio do Planalto para relatar a reunião de coordenação política.

“A presidente foi enfática ao dizer que a programação dos gastos, após Orçamento aprovado e sancionado, (...) que os ministérios deverão levantar suas prioridades máximas e que ela pessoalmente vai avaliar as prioridades. Não será um corte puro e simplesmente cego. Os programas prioritários serão avaliados por ela e escolhidos pessoalmente antes do corte”, afirmou a ministra da Agricultura.

Barbosa disse que o Orçamento Geral da União, aprovado pelo Congresso, deverá chegar ao governo nesta semana, a partir daí a presidente terá 15 dias úteis para sancioná-lo. Segundo ele, o governo tem 30 dias corridos para o decreto de contingenciamento, mas a intenção é fazer o mais breve possível.

Mais uma vez a presidente orientou os ministros a defenderem as propostas do governo, inclusive indo ao Congresso dar explicações.

“Nesta semana devem começar as comissões das medidas provisórias, já foram indicados os membros, os presidentes e relatores de cada medida provisória. Nós da equipe econômica discutimos com a coordenação política alternativas e o posicionamento do governo, nossa política de esclarecimento de coordenação parlamentar e também com a sociedade. Vamos aguardar a definição da agenda de trabalho e das audiências públicas, para que os representantes do governo compareçam e apresentem a defesa do que nós achamos que são medidas corretas no tamanho necessário para eliminar algumas distorções nos programas sociais, melhorando a sua execução e ajudando o Brasil e ajudando nesse equilíbrio macroeconômico”, disse o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa.

Na reunião desta segunda-feira, participaram o vice-presidente Michel Temer os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Gilberto Kassab (Cidades), Kátia Abreu (Agricultura), Eduardo Braga (Minas e Energia), Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), Eliseu Padilha (Aviação Civil), Pepe Vargas (Relações Institucionais), Jaques Wagner (Defesa), Joaquim Levy (Fazenda) e Barbosa, além do assessor especial da Presidência Giles Azevedo.

Segundo Barbosa, também foram discutidos do dia a dia do governo, de gestão e de divulgação das iniciativas em planejamento no Executivo. Levy apresentou na reunião o projeto que muda as regras de desoneração da folha de pagamentos, enviado na semana passada para o Congresso.

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“A presidente deu uma ênfase muito forte na questão da gestão. Queremos foco no cidadão e que todos os ministérios adotem procedimentos para melhorar a burocracia e os gastos públicos. São ações que não implicam gastos financeiros, mas ações que podem ser modificados”, disse a ministra da Agricultura.

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Em um momento em que o Ministério da Educação é comandando interinamente pelo secretário-executivo, Luiz Cláudio Costa, Dilma pediu, nesta segunda-feira, empenho de todos os ministros para cumprir o tema de seu segundo mandato _ “Brasil, Pátria Educadora”. Na reunião de coordenação política, segundo o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, a presidente não tocou no nome do sucessor de Cid Gomes, que deixou a pasta na semana passada.

Kassab também negou que o papel do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, tenha sido discutido no encontro. Com a saída de Cid Gomes, Mercadante surgiu como alternativa para o Ministério da Educação, cargo que ocupou no primeiro mandato de Dilma. Aliados do Palácio do Planalto atribuem à ação de Mercadante derrotas sucessivas do governo no Congresso.

“O ministro Mercadante participou da reunião. O ministro Mercadante, já ficou claro a posição da presidente há dez dias, quando vieram ilações em relação a uma suposta alteração da sua posição dentro do governo. A presidente já falou sobre o tema e, portanto, não se fala mais nisso. Ele participou ativamente da reunião. Em nenhum momento foi discutida a questão do Ministério da Educação”, afirmou Kassab.

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