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A presidente Dilma Rousseff começou a definir ontem o espaço do PT no governo ao oficializar a escolha de sete novos ministros para seu segundo mandato, cinco deles petistas. Ao nomear Ricardo Berzoini para as Comunicações, Miguel Rossetto na Secretaria-Geral e Patrus Ananias (MG) para o Desenvolvimento Agrário, Dilma fez um aceno à ala mais à esquerda do partido, que vinha manifestando fortes discordâncias com a formação do primeiro escalão.

INFOGRÁFICO: Veja quem são os novos ministros

Com o anúncio dos novos ministros, Dilma indica que o espaço do PT no segundo mandato será reduzido – hoje o partido ocupa 16 pastas. A principal queixa da sigla é a perda do Ministério da Educação para Cid Gomes (Pros-CE). Para compensar, o partido tentou retomar o Trabalho, mas esbarrou na resistência do PDT, que continuará comandando a pasta.

As escolhas refletem o afastamento de aliados do ex-presidente Lula de posições chave no Palácio do Planalto, com a saída do paranaense Gilberto Carvalho da Secretaria-Geral e de Ricardo Berzoini das Relações Institucionais. Os dois são ligados a Lula. Seus substitutos, Miguel Rossetto e Pepe Vargas, ambos do PT gaúcho, fazem parte da ala dilmista do partido, juntamente com Aloizio Mercadante, titular da Casa Civil.

A intenção de Dilma é ter pessoas de sua confiança ocupando os principais postos no Planalto. Rossetto e Vargas são de uma corrente ideológica menos expressiva no PT, a Democracia Socialista, que não se alinha com a cúpula do partido e os aliados de Lula.

Suplente

Dilma também nomeou ontem Carlos Gabas (SP) na Previdência, mesmo dia em que anunciou a decisão do governo federal de endurecer as regras para a concessão de benefícios como pensão por morte e seguro-desemprego. A Previdência era comandada pelo PMDB.

No pacote de anúncios está o deslocamento de Berzoini das Relações Institucionais para a pasta das Comunicações. Dilma também oficializou os ministros Gilberto Occhi (PP-MG) para a Integração Nacional e Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP) para os Transportes.

No primeiro mandato de Dilma, o PP comandava a pasta das Cidades, que ficará com o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD). Rodrigues foi presidente da Câmara dos Vereadores em São Paulo e é suplente de Marta Suplicy (PT-SP) no Senado. O PR já comandava a pasta.

Na semana passada, a presidente já havia anunciado 13 ministros que farão parte do segundo mandato.

Ministros mantidos

Hoje, a presidente vai confirmar os ministros que serão mantidos no governo. Entre eles, os petistas Arthur Chioro (Saúde), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Mercadante. Dilma ainda não definiu o novo ministro da Cultura. Os cotados são o ex-ministro e coordenador do programa de Cultura da campanha, Juca Ferreira, e o escritor Fernando Morais.

Os titulares do Itamaraty, Secretaria de Comunicação Social e Secretaria de Assuntos Estratégicos deverão ser mantidos nos cargos por enquanto. Dilma ainda não encontrou substitutos para os atuais ministros.

O ministro do Trabalho, Manoel Dias (PDT), também será mantido.

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