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“[Os diretores do Dnit] são pessoas que vão dar conta de uma tarefa fundamen-tal. Por isso têm de ser pessoas de competência técnica e idoneidade.” Gilberto Carvalho, ministro da Secretaria-Geral da Presidência | Alan Marques/Folhapress
“[Os diretores do Dnit] são pessoas que vão dar conta de uma tarefa fundamen-tal. Por isso têm de ser pessoas de competência técnica e idoneidade.” Gilberto Carvalho, ministro da Secretaria-Geral da Presidência| Foto: Alan Marques/Folhapress

Ministério dos Transportes

Definido novo secretário-executivo

O Palácio do Planalto confirmou ontem o engenheiro Miguel Masella como novo secretário-executivo do Ministério dos Transportes. É o primeiro nome confirmado para o primeiro escalão do ministério, que passa por uma limpa, determinada pela presidente Dilma Rousseff, em decorrência da crise causada por denúncias de corrupção na pasta. Secretário de Gestão de Programas do ministério, Masella já vinha ocupando interinamente a Secretaria-Executiva desde o início da crise.

A escolha foi feita pelo ministro Paulo Sérgio Passos, de quem Masella é homem de confiança há anos. A presidente Dilma Rousseff aprovou o nome. Egresso do extinto Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), Masella, segundo o Ministério e o Planalto, preenche os requisitos de perfil técnico e ficha limpa exigidos por Dilma na escolha dos novos quadros da área.

Agência Estado

A presidente Dilma Rousseff deve nomear na próxima semana os novos diretores do Depar­­­ta­­mento Nacional de Infra­­­estrutura dos Transportes (Dnit). A presidente bateu o martelo e decidiu que a escolha recairá sobre quadros técnicos, em detrimento de indicações políticas. Porém, para as superintendências do órgão nos estados, poderá haver sugestões partidárias, sobretudo por parte do Partido da República (PR), que comandava o Ministério dos Transportes até a crise estourar.

Na quarta-feira, Dilma se reuniu com o ministro dos Trans­­­portes, Paulo Sérgio Passos, para tratar da nova direção do Dnit e dos superintendentes estaduais. A reunião dos dois não foi divulgada na agenda oficial da presidente.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, confirmou ontem que Dilma está tendo cuidado para avaliar as alternativas e, ao mesmo tempo, está preocupada em que o processo de nomeação não demore muito – atualmente, a diretoria do Dnit funciona com servidores interinos.

"A presidente está com muito cuidado analisando as alternativas, naturalmente preocupada para que não demore muito esse processo de recomposição do Dnit e do próprio ministério", declarou Carvalho. Ele revelou ainda que Dilma está estudando currículos para as vagas, inclusive na Valec – a estatal de ferrovias. O cuidado é para que, de fato, sejam pessoas que juntem a idoneidade com a competência técnica.

"[Os novos diretores] são pessoas que vão dar conta de uma tarefa que é fundamental para o país, que é a infraestrutura. Por isso mesmo, por consequência, têm de ser pessoas dotadas de competência técnica e idoneidade", disse Carvalho. Para ele, não há problemas em haver indicação partidária, mas a escolha de Dilma, nesse caso, se dará por questões técnicas.

Já o assessor especial de relações externas da Presidência, Marco Aurélio Garcia, declarou ontem, em Lima, no Peru, que "não há processo de caça às bruxas" no PR por causa das demissões realizadas no Ministério dos Transportes. Para ele, esta interpretação tem por objetivo "tentar desestabilizar a aliança política". E emendou: "A aliança política está muito sólida e não será desestabilizada".

"Faxina"

Marco Aurélio rejeitou também o termo "faxina" para o processo de afastamento das pessoas envolvidas em irregularidades no Ministério. "Não é uma faxina no PR. É uma limpeza que se fez em um ministério, em particular, em função de denúncias concretas. Não é nenhuma ação contra os partidos", disse Marco Aurélio, que admitiu que a "limpeza" poderá se estender a outras legendas, inclusive o PT. "Se houver problemas em qualquer partido ou em particular com o meu partido, o PT, esses problemas serão averiguados sob critérios bastante republicanos. Não há problema sobre isso", avisou.

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