A pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, descartou nesta segunda-feira uma reforma na Previdência Social defendendo a realização de ajustes sistemáticos após discussão com a sociedade.
"Defendo que a gente ajuste a Previdência. Se aumentou a expectativa de vida da população, tem que ajustar para que a Previdência dê conta, não vai cair do céu... Tem que arrumar mais dinheiro, vai ter de mudar as regras e negociar a mudança de regras com a sociedade", disse Dilma em entrevista à rádio CBN.
"A experiência demonstra que é melhor fazer ajustes tópicos, sistemáticos e não uma grande reforma", explicou.
Ela afirmou que outros países tiveram problemas com grandes mudanças. "A reforma apresentou armadilhas. Os países que fizeram tiveram problema com a corrida à aposentadoria."
Na semana passada, em entrevista à mesma rádio, o pré-candidato do PSDB, José Serra, defendeu a adoção da reforma do sistema previdenciário.
Dilma também rebateu a acusação feita pelo ex-governador Serra quanto ao aparelhamento do estado pelo PT. Segundo ela, a agência paulista de transporte tem à frente um deputado federal tucano e "nem por isso acho que está aparelhada".
Ela afirmou também que é candidata com trajetória de esquerda. "Sou uma pessoa com trajetória de esquerda, agora, sou sobretudo a candidata de um projeto que mudou o modelo deste país", disse, citando a distribuição de renda e prevendo a erradicação da miséria extrema nesta década.
- Acordo com Irã é 'vitória' do governo Lula, diz Dilma
- PT abre mão de Senado em troca de apoio no DF
- Pesquisa é resultado de momento, afirma Dilma
- Vox Populi mostra Dilma com 38% e Serra com 35%
-
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
-
O “relatório da censura” e um momento crucial para a liberdade de expressão
-
Braço direito de Moraes no STF já defendeu pena de morte e é amigo de Val Marchiori
-
Três governadores e 50 parlamentares devem marcar presença no ato pró-Bolsonaro de domingo