A presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira (19) ao vice-presidente Michel Temer que vai se empenhar para pacificar o PMDB. Dilma conversou com Temer por telefone, à tarde, e prometeu retomar a consulta sobre os nomes indicados pelo partido para a reforma ministerial assim que retornar de sua viagem a Roma e a Bruxelas, na próxima semana.

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O PMDB continua disposto a emplacar o senador Vital do Rêgo (PMDB) no primeiro escalão, mas a presidente resiste. A bancada do PROS, partido do governador do Ceará, Cid Gomes, procurou nesta quarta a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, para dizer a ela que endossa a permanência de Francisco José Teixeira na Integração Nacional.

Teixeira ocupa o ministério interinamente desde outubro, mas é apadrinhado por Cid e pode continuar no cargo, se Dilma não chegar a acordo com o PMDB. A presidente ofereceu Integração Nacional para o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), como antecipou o jornal O Estado de S. Paulo. Não foi, porém, um convite sem contrapartida. O Palácio do Planalto quer que Eunício desista da disputa ao governo do Ceará, abrindo caminho para o candidato apoiado por Cid Gomes. Eunício lidera as pesquisas no Ceará e recusou a oferta. Desde então o PMDB foi posto "de molho" por Dilma.

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Antes cotado para o Ministério do Turismo, o presidente do PTB, Benito Gama, não deverá ocupar essa vaga, que será aberta com a saída de Gastão Vieira. Benito já deixou claro que, a exemplo de Vieira, quer concorrer à eleição de outubro e retornar à Câmara dos Deputados.

Para o Desenvolvimento Agrário, Dilma vai nomear Miguel Rossetto (PT), que foi vice-governador do Rio Grande do Sul na gestão de Olívio Dutra e é seu amigo pessoal. Atual presidente da Petrobras Biocombustível, Rossetto já foi ministro do Desenvolvimento Agrário no governo Lula.