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Patrícia Poeta entrevistou a presidente  Dilma na quinta-feira | Roberto Stuckert Filho/Presidência
Patrícia Poeta entrevistou a presidente Dilma na quinta-feira| Foto: Roberto Stuckert Filho/Presidência

RIO DE JANEIRO - A presidente Dilma Rousseff disse não se sentir refém dos aliados do governo. Em entrevista exibida ontem à noite no programa Fantástico, da Rede Globo, ela também negou, mais uma vez, ter promovido uma faxina contra a corrupção, dizendo entender que o termo passa a ideia de que é simples acabar com o problema.

Sobre a relação com aliados, a presidente afirmou que sua base no governo é composta de "pessoas de bem" e que é preciso "ter muito cuidado no Brasil para a gente não demonizar a política".

Ao ser questionada sobre como evitar a política do "toma lá, dá cá" na relação com as bancadas, a presidente respondeu: "Não dei nada a ninguém que eu não quisesse. Monta­­mos um governo de com­­posição. Caso não seja de composição, não conseguimos governar".

A presidente falou também sobre ações de combate à corrupção. "Acho a palavra [faxina] errada, porque faxina você faz às 6 h da manhã, e às 8 h ela acabou. Atividade de controle do gasto público, na atividade presidencial, jamais se encerra."

Quando a apresentadora Patrícia Poeta pergunta os motivos de o PT não ter conseguido acabar com a corrupção mesmo depois de oito anos e oito meses no governo, a presidente usa a mesma fórmula: "É por isso que não é faxina. Você não acaba com a corrupção de uma vez por todas. Você torna ela cada vez mais difícil".

Taxa de juros

Na entrevista, exibida por cerca de 20 minutos, Dilma falou também sobre a decisão do Banco Central de reduzir a taxa de juros em meio ponto, o que foi visto por muitos críticos como um sinal de interferência do governo federal nas decisões do banco.

"Nós não fazemos isso [interferir nas decisões do BC]. O que dissemos naquela oportunidade [antes da decisão] é que a crise econômica internacional, quando se aprofundou ali por agosto, criou uma nova conjuntura internacional. É esta conjuntura que cria a diferença."

A presidente também falou de assuntos amenos, como a rotina no Palácio do Planalto e a relação com o neto. "Ué, faço tudo que toda avó faz. Tudo. É um papel fantástico. É mãe com açúcar."

Ela comentou ainda sobre o câncer, doença que enfrentou em 2009. "Se as pessoas fazem prevenção, têm condições de detectar e tratar. Foi o que aconteceu comigo."

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