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Dilma: presidente diz que não foi eleita para pôr país “de joelhos” | Antonio Cruz / Agência Brasil
Dilma: presidente diz que não foi eleita para pôr país “de joelhos”| Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil

Reação

Oposição diz que presidente demonstra "desespero" eleitoral

A oposição reagiu fortemente ao discurso da presidente Dilma. Para a oposição, Dilma demonstra desespero antes mesmo de a campanha ser iniciada. "Na verdade, ela deve ter sido orientada pelo marqueteiro, porque sempre que encontra fortes dificuldades, ela convoca o marqueteiro para dizer o que precisa fazer", reagiu o líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy (BA).

José Agripino, líder do DEM, fez uma avaliação semelhante. Mas, para ele, ao dizer que não foi eleita para colocar o país de joelhos, por exemplo, Dilma faz exatamente o contrário. "Ela não foi eleita para isso, mas está fazendo do Brasil um país sem competitividade, colocando, sim, a indústria de joelhos, graças a uma política econômica equivocada".

Líder do PSB no Senado, Rodrigo Rollemberg disse que os quatro anos de governo de Dilma é que podem deixar a população com medo. "A população está ficando com medo de mais quatro anos de Dilma porque o país não cresce, a inflação aumenta, e a presidente insiste no viés autoritário".

Em tom raivoso, a presidente Dilma Rousseff fez neste sábado o mais duro ataque aos adversários Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Na abertura do 17.º Congresso da União da Juventude Socialista, do PCdoB, seu mais fiel aliado, a presidente disse que ela é quem tem a agenda do futuro e, novamente usando o discurso do medo usado pelo PT na propaganda oficial do partido, disse que não permitirá que o país volte ao passado e fique de joelhos. Disse que seus adversários vão tomar medidas impopulares e os chamou de "espectros fantasmagóricos".

"Eu não fui eleita para desempregar o trabalhador, a trabalhadora, não fui eleita para colocar o país de novo de joelhos, não fui eleita para acabar com a política industrial do país, não fui eleita para privatizar empresas públicas e eu não fui eleita para varrer a corrupção para baixo do tapete ou engavetar como era a prática anterior", discursou Dilma em clima aberto de campanha.

Além dos ataques a Aécio e Eduardo Campos, Dilma deixou claro, no discurso, que azedou o clima entre ela e o ex-atacante Ronaldo, que em entrevistas disse que se envergonhava com os problemas de má organização para a Copa. Sem citar o jogador, com quem há alguns meses fez um bate bola no Twitter para promover o evento, a presidente respondeu que não há do que se envergonhar e que o Brasil não tem complexo de vira-latas. Ela afirmou que o país tomou todas as medidas necessárias para a realização dos jogos.

"Tenho orgulho das nossas realizações, não temos do que nos envergonhar e não temos complexo de vira-lata tão bem caracterizado por Nelson Rodrigues, se referindo aos eternos pessimistas de sempre", reagiu Dilma.

Muito exaltada, com o batuque de uma escola de samba da cidade embalando seu discurso, Dilma disse que estava ali para dizer que os adversários não voltarão. E reafirmou que não permitirá o retorno ao passado. "Não deixaremos passar o atraso por porta nenhuma", disse Dilma, insistindo que a sua agenda é a agenda para o futuro.

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