A ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, voltou a defender a Petrobras nesta sexta-feira (22) após o seu retorno ao trabalho em Brasília, depois de dois dias de internação no Hospital Sírio Libanês. Dessa vez, a ministra afirmou que a estatal pode ter sido uma "caixa-preta" no passado, mas que, na atual gestão cumpre rigorosos métodos de fiscalização contábil.

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"De Petrobras eu entendo e acho que é uma empresa tão importante, não só do ponto de vista estratégico para o Brasil, também por ser a maior empresa, a maior empregadora, a maior contratadora de serviços e a que hoje ocupa e vai ocupar cada vez mais a partir do pré-sal um espaço muito grande. Ela é uma empresa que tem de ser preservada. Acho que você pode investigar usando o TCU e o Ministério Público", disse.

A ministra voltou a dizer que, por ser uma empresa de capital aberto, a Petrobras utiliza as regras mais "rígidas no que se refere a demonstrações contábeis, a explicitações para controle do acionista e do investidor de todas as contas estratégicas da empresa."

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Ela descartou as acusações da oposição de que a estatal é uma "caixa-preta." "Essa história de falar que a Petrobras é uma caixa-preta: a Petrobras pode ter sido uma caixa-preta em 1997, 1998, 1999, 2000. A Petrobras de hoje é uma empresa com um nível de contabilidade dos mais apurados do mundo, porque, caso contrário, os investidores não a procurariam como sendo um dos grandes objetos de investimento. Investidor não investe em caixa-preta desse tipo. É espantoso que se refiram dessa forma a uma empresa do porte da Petrobras", afirmou. A empresa disse que não vai comentar as declarações da ministra.

"Tem hora que eu fico um pouco emocionada", afirmou Dilma, "porque, além de eu achar a Petrobras estrategicamente muito importante para o Brasil, um símbolo para nós da nossa própria capacidade, ela também é a empresa do meu coração."

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