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Presidente quase chorou ao agradecer a participação de Luiz Sérgio no ministério | Ueslei Marcelino/Reuters
Presidente quase chorou ao agradecer a participação de Luiz Sérgio no ministério| Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Durante a posse do novo ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB-RJ), a presidente Dilma Rousseff de­­­monstrou a dificuldade que en­­­frentou ao abrir mão de Luiz Sérgio (PT) no governo para abrigar o partido do ex-presidente José Alencar. Durante o discurso na posse, ela se emocionou ao agradecer a contribuição de Luiz Sérgio na pasta e, an­­­tes, na Secre­­­taria de Relações Institucionais, e discursou em de­­­fesa da aliança de partidos no go­­­verno. A presidente foi enfática ao afirmar que a coalização de partidos é necessária para que o Exe­­­cutivo federal possa tocar projetos de interesse da população do país.

"Um presidente ao chegar ao governo tem o dever constitucional de governar para todos, inclusive para aqueles que não votaram nele. Ao mesmo tempo se apoia numa coalizão de partidos e isso não é contraditório. Só é contraditório para aqueles que não percebem que é possível e necessário quando se chega ao governo falar para todos os brasileiros e brasileiras, mesmo que você se apoie em uma coalizão de aliança. Foi graças a essa ampla coalizão que chegamos ao poder para governar para todos. Essa ampla coalização pode, deve e , graças a Deus, nos apoia nas mudanças que vínhamos promovendo", afirmou Dilma.

A presidente embargou a voz e quase chorou ao agradecer a participação de Luiz Sérgio em seu mi­­­nistério. "Muitas vezes somos obrigados a prescindir de um grande colaborador. Você prestou relevantes serviços ao governo. Agradeço o trabalho, a dedicação e sobretudo a lealdade de Luiz Sérgio."

Dilma reconheceu que Crivella, embora não seja um especialista na área que assume, como ele mesmo afirmou em seu discurso de posse, será um integrante importante de sua equipe. Ela destacou que a entrada do senador evangélico no governo é na verdade um retorno do partido ao poder, já que o PRB ocupou a vice-presidência durante o a gestão de Lula, com José Alencar.

Anzol

Ao assumir o cargo de ministro, Marcelo Crivella disse que vai aprender rápido a colocar a "minhoca no anzol", em referência a sua falta de experiência. "Colocar minhoca no anzol a gente aprende rápido, pensar nos outros é mais difícil. Muitas vezes, Deus não chama os mais qualificados, não escolhe os mais qualificados, mas sempre Deus qualifica os escolhidos", discursou o novo ministro, que é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus.

"O senador Crivella tem toda razão, a gente aprende a colocar a minhoca no anzol, o que é difícil de aprender é de fato governar para todos os brasileiros, esse país, afinal de contas, levou alguns séculos para respeitar todos os cidadãos", disse a presidente.

Em meio à sucessão de escândalos que derrubam ministros, Cri­­­vella fez um pedido para que Deus não permita irregularidades na pasta. "Que o Senhor conceda a to­­­dos os meus colaboradores e funcionários do ministério boa vontade, sabedoria, e discernimento, para que continue não ocorrendo no ministério qualquer deslize desses que desanimam o povo e fazem o cidadão de bem sentir vergonha de ser brasileiro", afirmou.

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