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Presidente Dilma Rousseff deve prestar entrevista coletiva nesta sexta-feira (4). | Marcelo Camargo/Agência Brasil
Presidente Dilma Rousseff deve prestar entrevista coletiva nesta sexta-feira (4).| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A presidente Dilma Rousseff (PT) se pronunciou na tarde desta sexta-feira (4), via nota oficial, sobre a 24ª fase da Operação Lava Jato , que teve como alvo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele prestou depoimento na manhã de sexta, na sede da Polícia Federal no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

Na nota, a presidente critica a ação tanto da Justiça Federal como do Ministério Público e da Polícia Federal. Ela manifestou “total inconformismo com o fato de um ex-presidente da República” seja “submetido a uma desnecessária condução coercitiva para prestar um depoimento”.

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Além disso, Dilma diz que “vazamentos ilegais, prejulgamentos antes do exercício do contraditório e da ampla defesa, não contribuem para a busca da verdade, mas apenas servem para animar a intolerância e retóricas anti-democráticas”.

Ainda na tarde desta sexta, está previsto um pronunciamento da presidente no Palácio do Planalto. A expectativa é que ela responda a perguntas de jornalistas.

Dilma ainda conversou com o ex-presidente Lula antes da declaração dele na sede do PT, em São Paulo.

Veja a nota na íntegra:

Em relação às medidas decididas pela Justiça Federal, a pedido do Ministério Púbico, e executadas, no dia de hoje, pela Polícia Federal, a Presidente Dilma Rousseff declara que:

1. O cumprimento da Constituição é a única via segura para o bom exercício das funções públicas e o respeito aos direitos individuais. No meu governo, garanti a autonomia dos órgãos responsáveis por investigações de atos de improbidade e de corrupção, mas sempre exigi o respeito à lei e aos direitos de todos os investigados.

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2. Nesse momento, na qualidade de Chefe de Estado, avalio necessário ponderar que todos nós, agentes públicos, independentemente do Poder em que atuamos, devemos ter um profundo senso de responsabilidade em relação ao cumprimento das nossas competências constitucionais. É necessário que as investigações prossigam, para a final punição de quem deve ser punido. Mas no ambiente republicano e democrático, o protagonismo da Constituição, sob orientação Supremo Tribunal Federal, constitui importante salvaguarda. O respeito aos direitos individuais passa, nas investigações, pela adoção de medidas proporcionais que jamais impliquem em providencias mais gravosas do que as necessárias para o esclarecimento de fatos. Vazamentos ilegais, prejulgamentos antes do exercício do contraditório e da ampla defesa, não contribuem para a busca da verdade, mas apenas servem para animar a intolerância e retóricas anti-democráticas.

3 - Por isso, manifesto meu integral inconformismo com o fato de um ex-presidente da República que, por várias vezes, compareceu voluntariamente para prestar esclarecimentos perante às autoridades competentes, seja agora submetido a uma desnecessária condução coercitiva para prestar um depoimento.

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