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A presidente Dilma Rousseff quer reformular a área de inteligência, que é disputada por setores e se tornou foco de instabilidade e crise no governo Lula. Reportagem publicada ontem pelo jornal O Estado de S. Paulo revelou que representantes da Associação Nacional dos Oficiais de Inteligência (AOFI) foram recebidos no Planalto por subordinados diretos da presidente. Eles reclamaram da intervenção do general José Elito, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no órgão.

No encontro, em 27 de janeiro, eles entregaram uma carta endereçada a Dilma reivindicando o fim da subordinação "militar" ou "policial" do órgão. Para os oficiais da Abin, a subordinação da Abin a um "comando civil" é considerado fundamental porque consideram que "a inteligência é de Estado ainda é objeto de noções errôneas e refém do legado do Serviço Nacional de Informações (SNI) criado pela ditadura".

Antes do início do governo, Dilma havia conversado com algumas pessoas sobre a possibilidade de retirar a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) do GSI, antigo desejo dos servidores do setor. Ela, porém, ainda não avaliou detidamente o tema e não sabe ainda o que fazer com a inteligência de seu governo. Mas está determinada a promover mudanças. Por isso mesmo, mandou que seus auxiliares diretos recebessem os representantes da AOFI.

A Abin possui cerca de 1700 funcionários, sendo 650 oficiais de inteligência, responsáveis pela apuração de informações para prevenir o governo sobre problemas que possa vir a enfrentar.

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