A presidente Dilma Rousseff disse hoje que é um "absurdo" paralisar grandes obras devido a suspeitas de problemas na execução. O TCU (Tribunal de Contas da União) fez nesta semana uma série de recomendações de paralisação de obras pelo país.

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Dilma deu as declarações ao responder em entrevista no Rio Grande do Sul uma pergunta sobre a possibilidade de interrupção na construção da BR-448, na região metropolitana de Porto Alegre.

"Paralisar obras é extremamente perigoso. Porque depois ninguém repara o custo. Se houve algum erro, por parte de algum agente, não tem quem repare, a lei não prevê", disse a presidente. "Para [a construção] por um ano, por seis meses, e ninguém te ressarce depois."

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Municípios

Na mesma entrevista, Dilma Rousseff disse que a criação de mais municípios pelo país "divide o bolo" de recursos e não será a solução para a escassez de verbas das prefeituras.

Uma proposta em tramitação no Congresso modifica os atuais parâmetros de emancipação de cidades, facilitando a criação. Hoje, o país possui 5.570 prefeituras.

"Acho importante o cuidado na criação de municípios. Se cria municípios, você não aumenta a receita, divide a receita que já existe. Você divide o bolo. Quantos mais municípios criar, menor o bolo fica para alguns. Há que se ter muito cuidado, muito critério."

Dilma disse que projetos de modificação no modelo de repasse de recursos não podem focar apenas nas cidades e precisam levar em conta, por exemplo, a necessidade dos Estados.

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