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Dilma:  em março , ministra visita obras da Ferrovia Transnordestina | Ricardo Moraes/Reuters
Dilma: em março , ministra visita obras da Ferrovia Transnordestina| Foto: Ricardo Moraes/Reuters

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, reiniciou a série de viagens em que procura aparecer como a administradora que pôs para andar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ontem, ela foi com o presidente Lula para São Luís do Ma­­­ranhão; hoje, pela manhã, participará da cerimônia de lançamento das obras de uma refinaria, em Bacabeiras, a 60 quilômetros ao sul da capital.

A licença ambiental para a construção da refinaria – que o governo define como uma megarrefinaria que custará cerca de US$ 20 bilhões (cerca de R$ 35 bilhões) – foi conseguida em cima da hora, na quarta-feira. O empreendimento poderá ter até 20% de capital japonês, conforme as negociações feitas pela Petrobras. O clã Sarney, que apoia a candidatura da ministra à sucessão do presidente Lula, empenhou-se em levar a refinaria para o Maranhão. Outras três deverão ser construídas no Nordeste.

De acordo com o governo, a refinaria de Bacabeiras possibilitará o aumento da produção nacional e facilitará a distribuição regional de derivados de combustíveis, a exemplo de óleo diesel, querosene de aviação, nafta petroquímica, gás liquefeito de petróleo (GLP), combustível para navios (bunker) e coque (combustível feito à base de carbono, cinzas e enxofre). A capacidade prevista de produção da refinaria é de processamento de 600 mil barris por dia – um terço de todo o petróleo nacional atualmente produzido pela Petrobras.

Em março, a ministra Dilma Rousseff deverá reeditar a viagem que fez com o presidente Lula em outubro às obras de revitalização e de transposição do Rio São Francisco. Desta vez, eles irão a Pernambuco e ao Piauí ver de perto as obras da Ferrovia Trans­­­nordestina. Em abril, Dilma voltará a percorrer os trilhos da ferrovia, só que no Ceará, também na companhia de Lula.

Em reunião realizada ontem no Palácio do Planalto entre o presidente Lula, Dilma, o ministro dos Transportes, Alfredo Nas­­­cimento, e o governador de Per­­­nambuco, Eduardo Campos (PSB), ficou acertado que serão priorizadas as obras da Trans­­­nordestina em Pernam­­­buco e no Piauí, agora, para que em março já possam mostrar-se bem adiantadas; e que no mês que vem será feita uma nova reunião para tratar só da parte do Ceará.

Eduardo Campos disse que até junho terão início as obras da parte entre Eliseu Martins, no Piauí, e o Porto de Suape, no Recife. Em dezembro começarão as obras para a parte de 300 quilômetros que seguirá até Missão Velha, no Ceará. O governo prevê terminar a Transnordestina em 2012. Ela terá 1.730 quilômetros. Deverá custar R$ 5,4 bilhões. A partir de julho, com maior injeção de recursos, deverá empregar 7 mil pessoas, uma boa ajuda na véspera da eleição.A Transnordestina fará a ligação dos centros de produção de grãos, gesso, avicultura e agricultura irrigada do semiárido nordestino – área com as maiores dificuldades socioeconômicas do país – aos Portos de Suape, em Pernambuco, e de Pecém, no Cea­­­rá. Deverá ter uma conexão com a Norte-Sul, de acordo com o Plano Ferroviário.

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