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Dilma esteve em Curitiba na noite de segunda-feira (8) | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Dilma esteve em Curitiba na noite de segunda-feira (8)| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

A presidente afastada, Dilma Rousseff, disse a aliados estar “decepcionada” com a postura de senadores como Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Cristovam Buarque (PPS-DF) e tenta sua última ofensiva para conseguir pelo menos 22 votos na sessão desta terça (9) no Senado, que pode torná-la ré no processo de impeachment.

Segundo a reportagem apurou, Dilma teme não conseguir manter o desempenho de 22 votos favoráveis a ela na primeira votação do processo na Casa e, do Palácio da Alvorada, tem telefonado para alguns senadores na tentativa de mantê-los no seu grupo de apoio. Aliados e parlamentares do PT, por sua vez, estão pessimistas quanto à manutenção do placar.

Dilma está reunida com assessores como Giles Azevedo e Jorge Messias e com o ex-ministro Jaques Wagner (Casa Civil), que também tem ajudado na ofensiva telefônica. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve se juntar ao grupo no Alvorada no início da noite.

Pessoas próximas à petista afirmam que Randolfe e Cristovam criaram uma expectativa de que votariam a favor de Dilma mas, nas últimas horas, demonstraram que não ficarão ao lado dela. Segundo relatos, a presidente afastada tem dito que prefere estar com pessoas com quem sempre pode contar.

Dirigentes e parlamentares do PT, por exemplo, não acreditavam que Cristovam Buarque votaria a favor de Dilma, mesmo quando ele ainda se autonomeava “indeciso” e chegou a fazer sugestões, principalmente econômicas, para a carta que Dilma prepara para apresentar aos 81 senadores nesta quarta-feira (10).

A presidente afastada, inclusive, cogitou marcar um almoço com senadores aliados para quarta e rediscutir a carta, retirando sugestões de Cristovam. O movimento, porém, irritou senadores do PT, que avaliam que Dilma “perdeu o timing” de divulgar o documento.

A carta, que deve contar com o aval de Lula nesta terça, deve ter como bandeira central a defesa de um plebiscito para a realização de novas eleições. O presidente do PT, Rui Falcão, porém, afirmou na semana passada ser contra a consulta popular e não deve se encontrar com Dilma e Lula no Alvorada.

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