Durou cerca de seis horas o depoimento do ex-diretor de Furnas Dimas Toledo, à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios. Ao encerrar a reunião, o presidente da comissão, senador Delcidio Amaral (PT-MS), marcou reunião administrativa para a próxima terça-feira, às 15h.
Afirmou também que o relator, Osmar Serraglio (PMDB-PR), está analisando os requerimentos ainda pendentes (255, de um total de 1.700 apresentados desde o início da CPMI) para ver quais são importantes.
A pedido do deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), Dimas concordou em abrir seus sigilos bancário, fiscal e telefônico para a CPI.
Cardozo também propôs que a comissão peça ao Tribunal de Contas da União (TCU) que investigue todos os contratos de Furnas com empresas ligadas à família de Dimas.
O deputado disse duvidar da versão de Dimas para o encontro que manteve no início do ano passado com o então deputado Roberto Jefferson. Dimas disse que foi pedir ao então presidente do PTB que indicasse um técnico para seu lugar em Furnas.
Cardozo lembrou que Dimas tem uma filha trabalhando em Furnas, um filho proprietário de uma empresa da área energética e outro filho deputado estadual em Minas. Ele avalia que Dimas, com esse perfil, pode ter tido uma ligação maior com Jefferson. Dimas afirmou que sua filha Fabiana Toledo trabalha para a empresa Bauruense, de Bauru (SP), e presta serviços em Furnas. Disse que não foi ele quem a contratou.
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