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Nesta quinta-feira, foram confirmados os nomes de outros dois deputados que receberam dinheiro de Marcos Valério. O deputado João Magno, do PT, recebeu duas transferências eletrônicas, uma no dia 18 de agosto e outra no dia 19 de setembro de 2003, no total de R$ 29 mil. Em nota, João Magno disse que recebeu o dinheiro do ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, para cobrir despesas de campanha.

O deputado Romeu Queiroz, presidente do PTB de Minas, recebeu uma transferência de R$ 50 mil no dia 31 de agosto de 2004. O deputado disse que o dinheiro foi depositado na conta dele por engano. Mas depois foi repassado como doação de campanha da Usiminas a candidatos da região.

O ex-líder do governo na Câmara, Professor Luizinho (PT-SP), confirmou, no início da noite desta quinta-feira, que um assessor dele, José Nilson dos Santos, que até então não tinha sido identificado pela CPI, sacou R$ 20 mil.

- Quero ver com ele quais os motivos, o que levou a ele a buscar este aporte financeiro e para qual objetivo, que tipo de trabalho estava sendo realizado - espera Professor Luizinho.

O Partido dos Trabalhadores também recebeu uma transferência da agência SMP&B, no dia 14 de julho do ano passado, no valor de R$ 351 mil. A assessoria do PT explicou que o dinheiro foi usado para quitar uma parcela do empréstimo no BMG, do qual Marcos Valério era avalista.

A Usiminas não quis comentar as informações do deputado Romeu Queiroz de que doou dinheiro para a campanha de deputados mineiros. O assessor do deputado Professor Luizinho, José Nilson do Santos, disse que sacou o dinheiro no Banco Rural por orientação do ex-tesoureiro do partido, Delúbio Soares.

Os integrantes da CPI dizem que já podem explicar como funcionava o esquema que repassou mais de R$ 10 milhões das empresas de Marcos Valério para políticos e assessores. Simone Vasconcellos, diretora de administração da SMP&B, recebia ordens de pagamento, e sacava dentro da agência. Ela anotava à mão os nomes de pessoas indicadas pelos partidos. O dinheiro era distribuído ali mesmo.

- As informações que chegam a CPI dão conta que havia uma sala especial, reservada no próprio edifício sede do Banco Rural de Brasília, só para que a Simone procedesse a distribuição dos recursos que eram retirados das contas do senhor Marcos Valério - informa o deputado ACM Neto (PFL - BA).

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