O sócio da empresa Cortêz Câmbio e Turismo, Carlos Alberto Taveira Cortêz, negou que tenha feito qualquer transação financeira com a empresa Skymaster, que prestava serviços à estatal Correios. Cortêz depôs, nesta terça, à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios

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Cortêz disse, no entanto, que conhecia um dos sócios da empresa, João Marcos Pozzetti, com quem afirmou ter tido alguns contatos sociais. Ele não soube explicar porque o seu funcionário, Francisco Marques Carioca, sacava dinheiro em instituições financeiras supostamente para entregar ao advogado Marcus Valérius, que prestou serviços para a Skymaster. "Não sei explicar estas fugidas dele", afirmou o empresário aos parlamentares da CPMI.

O sub-relator de Contratos, deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), considerou o depoimento de hoje importante na medida em que desmonta a versão apresentada por Pozzetti à CPMI de que os R$ 30 milhões sacados na boca do caixa, entre 2000 e 2005, serviram para pagar fornecedores. "O dinheiro sacado com contabilidade fraudulenta reforça a convicção de que seria utilizado para corrupção. Cabe, agora, aprofundar as investigações para ver qual a conexão entre esta casa de câmbio e a Skymaster", afirmou Cardozo.

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Cortêz negou-se a responder uma série de questionamentos dos parlamentares respaldado pelo habeas corpus que lhe garantiu o direito de calar-se diante de declarações que poderiam comprometê-lo judicialmente. O empresário responde a processos por evasão de divisas, gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

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