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Acusado de movimentar US$1,2 bilhão entre 1995 e 2002 em pelo menos seis contas do Banestado e do Merchants Banks, de Nova York, o doleiro Hélio Renato Laniado foi preso na terça-feira (16) pela Interpol na cidade de Praga, capital da República Tcheca. Conhecido playboy da noite paulistana, Laniado já namorou atrizes e modelos como Daniella Cicarelli, Carolina Ferraz e Mariana Weikert e tinha fugido do Brasil em abril deste ano.

Denunciado pelo Ministério Público federal (MPF) por evasão de divisas, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, ele tinha prisão preventiva decretada e seu nome constava da lista de "red notice" (pedido de prisão com vista a posterior extradição) da Interpol.

Ao verificar a contabilidade paralela dos negócios de Laniado, o MP federal verificou ainda que ele atuava no Brasil em parceria com o doleiro Antônio Oliveira Claramunt, o Toninho da Barcelona, preso desde o ano passado.

Laniado foi encontrado em Praga após semanas de buscas feitas por serviços secretos estrangeiros e com monitoramento da Polícia Federal e da Interpol no Brasil. Ele foi preso numa escala em Praga quando seguia para a Holanda, num vôo da KLM, provavelmente com destino final em Lisboa. Laniado será extraditado para o Brasil. Por causa da rotina burocrática, o processo de extradição poderá demorar até um ano.

De acordo com procuradores da República, entre 1995 e 2002, Laniado, em conjunto com outros doleiros, movimentou US$1,2 bilhão nas contas Watson, Braza, Best, Wipper, Taos e Durant, nos bancos Banestado e Merchants Bank, de Nova York. Em duas dessas contas foram bloqueados pelos EUA US$3,5 milhões. Laniado utilizava offshores no Caribe e no Uruguai para a movimentação de valores nos bancos Banestado e Merchants Bank.

O doleiro já havia tido a prisão preventiva pedida em 17 de agosto de 2004, acusado de crime contra o sistema financeiro, na operação Farol da Colina da PF. Foragido, conseguiu um hábeas-corpus. Em 31 de março deste ano, na operação Zero Absoluto, o doleiro voltou a ser denunciado. Em 4 de abril, ele e outros dois doleiros tiveram a prisão preventiva decretada e desapareceram. Laniado chegou a entrar com outro pedido de hábeas-corpus, que foi negado. Desde então, a polícia estava atrás de Laniado.

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