Mais de um milhão de doses da vacina tríplice viral, que previne sarampo, rubéola e difteria começam a ser distribuídas nesta sexta-feira, para todo o Brasil. É a informação do Ministério da Saúde. Os baixos estoques deixaram muitas crianças sem a vacina de norte a sul do país.

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Em Maceió, os postos de saúde estão vacinando as crianças apenas duas vezes por semana. Nove mil doses foram pedidas no último mês, mas somente cinco mil chegaram. O estado do Rio de Janeiro que esperava 300 mil doses, recebeu apenas 53 mil nos últimos dois meses. Algumas crianças, levadas várias vezes ao posto de saúde, ainda não tomaram a vacina.

Na cidade de Duque de Caxias, que tem a maior população da Baixada Fluminense, há 40 postos de saúde sem a vacina tríplice viral. Toda a região foi afetada pelos problemas na distribuição. Desde março, as doses não chegam na quantidade suficiente para imunizar todas as crianças que precisam tomar a vacina. Na infância, a vacina deve ser aplicada em duas doses. A primeira, logo que a criança completa um ano. A segunda, entre 4 e 6 anos de idade. A tríplice viral também é recomendada para mulheres em idade fértil, dos 12 aos 49 anos.

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O Ministério da Saúde informou que as vacinas eram importadas e agora são produzidas na Fundação Oswaldo Cruz, no Rio. Mas só serão liberadas depois do registro, que depende de um documento enviado pelo fabricante. Segundo a Fiocruz, este documento já foi entregue à Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

- Os primeiros lotes das vacinas vão estar liberados pela Anvisa e a distribuição vai ser imediata - explica Expedito Luna, do departamento de vigilância epidemiológica do Ministério da Saúde.

A Secretaria de Saúde do Estado do Rio informou que recebeu 20 mil doses, que serão distribuídas para portos, aeroportos e cidades onde os estoques estavam mais baixos. O Ministério da Saúde informou que na semana que vem a situação estará normalizada no estado.

Segundo o Ministério da Saúde, desde 2000, não há registro de pessoas que tenham contraído sarampo no Brasil. Só de pessoas que vieram de outro país com a doença. Ainda de acordo com o governo, houve 326 casos de rubéola e 18 de difteria no ano passado.