• Carregando...
João Vaccari Neto (à dir.) está preso em Curitiba desde março. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
João Vaccari Neto (à dir.) está preso em Curitiba desde março.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

O criminalista Luiz Flávio Borges D’Urso requereu a exclusão de três números de telefones – inclusive da sede nacional do PT –, da quebra de sigilo ordenada pelo juiz federal Sergio Moro, da Operação Lava Jato, para evitar o que chama de “uma devassa num partido político”.

D’Urso é advogado de defesa do ex-tesoureiro nacional da legenda, João Vaccari Neto – preso desde março por suspeita de arrecadar propinas para o PT em forma de doação eleitoral.

No papel de tesoureiro da agremiação, Vaccari frequentava o diretório nacional. Por este motivo, os procuradores da República que integram a força-tarefa da Lava Jato incluíram o telefone geral do PT no pedido de quebra de sigilo.

Emblemática, prisão de empreiteiros pela Lava Jato completa um ano

Leia a matéria completa

Os procuradores assinalam que o PT era “empregador” de Vaccari. Para D’Urso, no entanto, a medida não encontra respaldo “uma vez que não foi apresentada qualquer justificativa com relação à necessidade ou envolvimento dos titulares das mesmas [linhas]”.

“O que nós pedimos é que o foco das provas de acusação ficasse adstrito aos elementos que constam do processo. Não pode o Estado vasculhar vidas e pessoas estranhas para tentar ver se encontra algum elemento ilícito. Se houvesse uma indicação objetiva, fazendo referência àquele telefone específico justificaria a quebra do sigilo para aquele número específico”, argumenta D’Urso. “ Isso me parece absolutamente impróprio, não só com relação à defesa do Vaccari, mas com relação aos limites legais que o Estado tem que observar”, alertou.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]