"Isso é meio uma incógnita, se vai estender ou se não vai. O que eu soube ontem à noite (quinta) é que o ministro [Ricardo] Lewandowski se adaptaria a essa forma de julgamento [fatiado] na hora de sua votação", comentou Ayres Britto nesta sexta-feira| Foto: Fellipe Sampaio / Divulgação / STF

O presidente do STF, ministro Carlos Ayres Brito, disse que é uma "incógnita" saber se o julgamento do mensalão irá ou não atrasar. Ayres Brito comentou que o atraso vai depender da extensão do voto de cada um dos ministros que compõe o Supremo Tribunal Federal (STF). "Isso é meio uma incógnita, se vai estender ou se não vai. O que eu soube ontem à noite (quinta) é que o ministro [Ricardo] Lewandowski se adaptaria a essa forma de julgamento [fatiado] na hora de sua votação", comentou ao deixar o auditório de um hotel na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, onde participou do 1º Congresso Internacional do Conselho Nacional de Procuradores Gerais.

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Quatro horas antes, ao chegar ao evento, o ministro havia dito que a mudança de procedimento "fatiando o voto" não atrasaria o julgamento.

Ayres Brito explicou o procedimento adotado pelo relator do processo, o ministro Joaquim Barbosa. "Você segmenta o voto. Não faz um voto de ponta a ponta e sim por núcleos. O ministro relator seguiu a metodologia da denúncia. Toda ela é fatiada, segmentada por núcleos. Núcleos de acusação. Fulano por tal crime, beltrano por outro crime. Ele separou esses diversos núcleos para fazer a votação e começou pelo terceiro núcleo."

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Segundo Ayres Brito, não é possível prever se o ministro Cezar Peluso terá tempo para votar. No dia 3 de setembro, Peluso completa 70 anos e se aposentará."O ministro Peluso honra qualquer tribunal. É reconhecidamente um juiz técnico, muito técnico, dotado de grandes conhecimentos teóricos. É experimentado em mais de 44 anos como juiz de carreira. Qualquer tribunal gostaria de contar com o ministro Peluso porque o ministro honra e qualifica qualquer decisão do tribunal. Se ele terá condições de votar ou não depende muito da tramitação. Aliás, nem da tramitação, mas do tempo de coleta dos votos e debates em plenário. Então, ninguém tem condição de dizer se o cronograma será rigorosamente alcançado ou não", afirmou o presidente do STF.

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