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Edgar Bueno chegou à prefeitura de Cascavel acompanhado da esposa Lorita e do filho André (à esquerda com o braço cruzado), que é deputado estadual. Cerca de 300 servidores e populares o aguardavam para celebrar o retorno | Cesar Machado / Vale Press
Edgar Bueno chegou à prefeitura de Cascavel acompanhado da esposa Lorita e do filho André (à esquerda com o braço cruzado), que é deputado estadual. Cerca de 300 servidores e populares o aguardavam para celebrar o retorno| Foto: Cesar Machado / Vale Press

Entenda o caso

12 de novembro de 2013O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná reformou uma sentença de primeira instância e entendeu que Edgar Bueno e Maurício Theodoro cometeram fraude eleitoral por acusarem, supostamente de forma falsa, o professor José Lemos de ter cometido falsidade ideológica. Ambos são cassados, mas TRE não define quem assume.

13 de novembro de 2013Edgar Bueno diz que existem "forças estranhas" por trás da sua cassação

10 de dezembro de 2013TRE-PR decide que o professor José Lemos e o vice Maurício Theodoro devem assumir a prefeitura, mas não define data.

13 de dezembro de 2013Acórdão com a cassação é publicado no Diário Oficial de Justiça.

16 de dezembro de 2013O presidente do TRE-PR, Rogério Coelho, concede liminar que mantém Edgar Bueno no cargo.

23 de janeiro de 2014Recurso especial que garantiu a Bueno recorrer da cassação em Brasília é aceito pelo TRE-PR e cai a liminar que mantinha o prefeito na função.

25 de janeiro de 2014Edgar Bueno entra com ação cautelar no TSE com pedido de nova liminar para permanecer no cargo enquanto a ação não é julgada definitivamente.

27 de janeiroA 68ª Zona Eleitoral define que Márcio Pacheco, presidente da Câmara de Vereadores, tem que assumir a prefeitura e ele toma posse interinamente

29 de janeiroO presidente do TSE, Marco Aurélio Mello, concede nova liminar e Edgar reassume a prefeitura até o julgamento do mérito da ação cautelar

O imbróglio político que afastou o prefeito de Cascavel, Edgar Bueno (PDT) teve mais um capítulo nesta quarta-feira (29). Uma liminar concedida pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Marco Aurélio Mello, reconduziu Bueno ao cargo enquanto o caso não é julgado definitivamente. Com isso, o vereador Márcio Pacheco (PPL), que respondia como prefeito interinamente retornou à presidência do Legislativo.

Bueno, que ficou sabendo da liminar a seu favor pela reportagem da Gazeta do Povo, reassumiu a prefeitura as 16 horas. Ele chegou acompanhado da esposa Lorita e do filho André, que é deputado estadual. Cerca de 300 servidores e populares o aguardavam em frente à prefeitura. Alguns usavam adesivos e bandeiras da campanha eleitoral do prefeito. Quando entrou no prédio, foi saudado pela queima de fogos de artifício durante quase cinco minutos.

Bueno disse que vai convidar novamente todos os seus secretários que foram demitidos por Pacheco. Ele disse que nunca aceitou a decisão da Justiça e afirmou não entender como seria possível empossar um prefeito com as contas reprovadas. O professor José Lemos (PT), segundo colocado nas eleições de 2012 teve suas contas reprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR).

O prefeito criticou a interinidade de Pacheco e disse que recebeu a informação de que ele teria trocado todas as fechaduras do gabinete. Pacheco desmentiu, mas disse que deveria ter feito isso "por absoluta segurança".

Danielle Magnabosco, advogada de Lemos, informou que já era esperada a decisão favorável a Bueno, mas considera que há grandes chances de reverter a situação com o julgamento do mérito da ação cautelar e da própria ação que cassou o prefeito. Segundo ela, a fundamentação usada pelo ministro Marco Aurélio para a concessão da cautelar mostram que as chances são grandes de a cassação ser mantida pelo TSE. Em seu despacho o ministro afirmou que "tanto quanto possível, deve ser evitado o revezamento na chefia do Poder Executivo, aguardando-se o pronunciamento deste Tribunal Superior".

Edgar Bueno e o vice Maurício Theodoro (PSDB) foram cassados pelo TRE-PR que entendeu que eles teriam praticado fraude eleitoral com a divulgação de informação, supostamente falsa, de que Lemos teria cometido falsidade ideológica com relação ao seu domicílio na época. O Tribunal Regional considerou que essa notícia teve potencial para influenciar o resultado das eleições de 2012 no município.

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