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Eduardo Campos e Beto Richa: aliança estadual mantida mesmo com a disputa entre o PSB e o PSDB no plano nacional | Roberto Custodio/Jornal de Londrina
Eduardo Campos e Beto Richa: aliança estadual mantida mesmo com a disputa entre o PSB e o PSDB no plano nacional| Foto: Roberto Custodio/Jornal de Londrina

Opostos

Marina evita encontro com o governador

Agência Estado

A pré-candidata à vice-Presidência da República pelo PSB, Marina Silva, evitou ontem participar de um encontro que Eduardo Campos (PSB) teve com o governador Beto Richa (PSDB) em Londrina. No Paraná, Marina Silva apoia os candidatos do Partido Verde ao governo estadual e à Câmara Federal, enquanto o PSB confirmou apoio à reeleição de Beto Richa. Campos e Marina chegaram juntos a Londrina, onde visitaram, no início da manhã, diversos órgãos de imprensa. No entanto, quando o presidenciável partiu para um encontro de quase duas horas com Beto Richa, ela tomou outro rumo: foi visitar o Jardim Botânico da cidade, acompanhada de "marineiros" locais e de pré-candidatos do PV. O desvio de Marina foi decidido de última hora e ela voltou a encontrar Campos após ele se despedir do governador. Os aliados de Marina no Paraná são oposição ao governo tucano alegando que ele não tem compromisso com a agenda ambiental.

Em visita a Londrina e Ma­ringá, o pré-candidato à Pre­sidência da República Eduardo Campos (PSB) declarou ontem apoio à reeleição do governador Beto Richa (PSDB). Embora sejam de partidos adversários no plano nacional – o PSDB lançou Aécio Neves como candidato à Presidência –, os dois fizeram ampla troca de elogios.

"Aqui no Paraná, o PSB tem uma parceria com o governador Beto Richa que tem êxito e que vai prosseguir. E nós temos na nossa base de sustentação ao projeto nacional, meu e da Marina [Silva], partidos que não estão no palanque estadual, e nós respeitamos. A própria Rede tem caminho próprio aqui", disse Campos. O pernambucano disse perceber essa situação com naturalidade.

Richa justificou que os dois partidos têm um entrosamento antigo. "É uma relação perfeita, harmônica, respeitosa. Isso acabou criando um vínculo forte de trabalho que deixa difícil não estarmos juntos mais uma vez", declarou o tucano. Richa agradeceu ao PSB e se disse "honrado" pelo apoio de Campos e de Aécio à sua reeleição.

Apesar da afinação no Paraná, o pré-candidato do PSB fez críticas ao PSDB em nível nacional. Ele condenou a "polarização" entre PT e PSDB e disse que os dois partidos governaram com as "raposas que devem ser tiradas da cena política". Campos atacou a alta da inflação, os baixos índices de crescimento da economia e o aumento da violência. Nas palavras dele, o governo de Dilma Rousseff (PT) "é o primeiro a terminar pior do que começou".

Marina Silva (Rede), que sairá como vice de Campos, também esteve em Londrina, mas não foi ao Hospital do Câncer, onde aconteceu o encontro com Richa (leia mais nesta página). Ela tem se posicionado publicamente contra as coligações entre PSB e PSDB, principalmente em São Paulo, onde os tucanos concorrerão ao governo estadual com Geraldo Alckmin.

"Tranqueiras"

Em Maringá, Campos, acompanhado de Marina, voltou a falar sobre o apoio a Richa. "Estamos contribuindo com a formação do programa de governo do governador Beto Richa, para que ele também tenha no programa de governo a identidade e as sugestões do nosso PSB. A campanha estadual é uma, vai correr em um plano estadual, e a campanha nacional vai correr com os nossos aliados", disse Campos.

Marina teve participação pouco expressiva durante a coletiva de imprensa em Maringá. Deixou que as perguntas fossem respondidas pelo colega e só se manifestou ao final, quando questionada se agricultura e meio ambiente poderiam caminhar juntos.

Logo depois, durante a reunião com os empresários, Marina também se manteve calada parte do tempo. Ao saudar os participantes, alvoroçou a plateia ao criticar alianças feitas pelo PT. "Se você se junta com tranqueiras para criar alianças, você governa com tranqueiras."

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