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O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), disse no programa "Roda Viva", da TV Cultura, transmitido ontem, que as manifestações de rua de junho reuniram uma grande parcela da população que desejava participar mais da política.

Mas, segundo ele, os atuais protestos contra o governador Sérgio Cabral têm uma origem muito diversa: estes se originam de uma "turminha" que tenta se legitimar com base nas manifestações legítimas de dois meses atrás e insinuou que esses atos são promovidos por opositores de Cabral -e chegou a mencionar o deputado federal e ex-governador Anthony Garotinho (PR-RJ).

"As manifestações antes tinham um propósito legítimo e agora têm causas que não têm relação nenhuma com as manifestações anteriores. É a baderna pela baderna. Isso acontece também em São Paulo, na frente do Palácio dos Bandeirantes. A sociedade agora começa a perceber esse aproveitamento é inaceitável", disse.

Paes afirmou que elas prosseguem porque "a polícia ficou acuada pela quantidade de críticas que recebeu. As pessoas ficavam batendo palminha para qualquer protesto. Só agora a sociedade começa a contestar esses abusos."

Ele elogiou o governador Sérgio Cabral: "O Rio avançou muito. E avançou graças às ações de governo". Mas acrescentou que "governo não é sempre popular, e o governador Sérgio Cabral admitiu alguns erros. Mas fez uma grande transformação no Estado. O Rio de Janeiro mudou, e para melhor". Disse ainda que seu candidato a governador em 2014 é o vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB).

Sobre a CPI dos Ônibus, Paes declarou que em nenhum momento ele telefonou para qualquer vereador de sua base para pedir que não assinasse o pedido para criar a comissão e contestou as críticas de que faz um governo baseado na distribuição de cargos: "Nenhum vereador da minha base nomeou qualquer pessoa para meu governo. E mesmo assim mantenho a minha base".

Questionado se não considerava um desperdício de dinheiro a construção de novos estádios como o Itaquerão, em São Paulo, ele se esquivou: "Não conheço Itaquera. Vou pedir para o [Fernando] Haddad me levar até lá." Mas admitiu que foram construídos "estádios que talvez não sejam bem utilizados depois".

Paes declarou que seu objetivo "é dar o máximo de transparência para os equipamentos que estão sendo feitos para que não surjam elefantes brancos. Eu defendi as Olimpíadas, que estão feitas de forma muito diferente do que foi feito nos Jogos Pan-Americanos. O que me preocupa é o legado para a cidade".

Ele afirmou que já fez críticas a Fifa, mas isso não significa que ele vá "deixar de receber pessoas dessa instituição. A gente enfrenta permanentemente essas pessoas. Faço críticas ao modelo da Fifa, que é uma entidade que não se preocupa com outra coisa que não o futebol. Mas o evento tem de ser realizado e temos de tirar o máximo de proveito dele".

Paes disse que antes trocava muito de partido porque tinha certo desprezo pelas legendas existentes, mas disse que isso foi um erro de sua conduta: "Eu errei ao ter um profundo desprezo pelos partidos".

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