Advogado de Richa quer cassar candidatura adversária

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A campanha do candidato ao governo do estado Beto Richa (PSDB) protocolará hoje, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), uma denúncia de abuso de poder político contra o ministro da Pesca, Altemir Gregolin. Além disso, a coligação irá pedir a perda de direitos políticos e a cassação do registro de candidatura de Osmar Dias (PDT) e do vice dele, Rodrigo Rocha Loures (PMDB), que teriam se beneficiado do pedido de votos do ministro durante o horário de expediente.

O coordenador jurídico da campanha de Richa, Ivan Bonilha, afirmou ontem que, para embasar o pedido de investigação, serão anexados vídeos e fotos da cerimônia em que Gregolin fez campanha política. "A estrutura do governo federal está sendo usada para socorrer o candidato Osmar. Isso é ilegal."

O senador Alvaro Dias (PSDB), líder da oposição ao governo Lula no Senado e irmão de Osmar Dias, minimizou a conduta do ministro – apesar de ser do mesmo partido de Richa. "Isso é lambari perto do tubarão Lula", afirmou. Porém, o tucano não poupou críticas ao presidente, que também veio ao Paraná declarar apoio político a Osmar durante comício em Foz do Iguaçu. "Ele chegou no fim do dia e inagurou a pintura de um viaduto. À noite foi para um evento político em um hotel. No dia seguinte, deu aula inaugural na Unila. Na verdade, aula reinaugural, porque já havia tido aula inaugural na universidade", disse. "Mas foi só para justificar a presença dele na cidade para à noite fazer comício. Aí o ministro acaba seguindo o exemplo."

A Comissão de Ética da presidência da República foi procurada para explicar se o ministro cometeu alguma irregularidades, mas a assessoria de imprensa limitou-se a informar que a comissão reúne-se uma vez por mês. Além disso, segundo a assessoria, a comissão avalia a conduta de pessoas ligadas ao governo se houver denúncia ou se algum dos sete membros pedirem uma investigação com base em uma "nota de conjuntura", elaborada a partir de notícias publicadas na imprensa.