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O debate entre os candidatos a governador de São Paulo promovido pela Rede Record, na segunda-feira, forneceu munição para intensificar o fogo cruzado entre PSDB e PT no horário eleitoral gratuito do início da tarde de hoje na TV. O tucano Geraldo Alckmin acusou o adversário Aloizio Mercadante (PT) de ser "especialista" em falar mal de São Paulo e questionou o seu conhecimento sobre o Estado. "Ou o candidato do PT não conhece São Paulo ou não conhece o governo", provocou. O petista, por sua vez, voltou a afirmar que o oponente tem "fugido do confronto" nos debates eleitorais. "Ele fugiu do confronto tanto no debate da Rede TV! como na Record", disse.

Um locutor do programa do PSDB questionou a atuação parlamentar de Mercadante no Senado, quando o petista teria faltado em sessão que aprovou empréstimo de US$ 1 bilhão para as Linhas 4 e 5 do metrô. O restante do tempo foi ocupado por cenas do debate da Record, no qual o tucano prometeu ampliar o número de creches escalar mais 6 mil policiais para atuarem nas ruas e dobrar as bases policias comunitárias em um eventual governo do PSDB.

Na peça do PT, um ator disse ter a impressão de que já tinha visto os mesmos discursos e promessas de Alckmin. Em seguida, foram mostradas imagens da campanha de 2002 ao governo de São Paulo, na qual Alckmin era candidato à reeleição. "A mesma coisa. Ele fala sempre a mesma coisa. Se ele promete, é porque não cumpriu", criticou um locutor.

Mercadante mostrou imagens do debate da Record nas quais o candidato do PSDB faz perguntas apenas para Fabio Feldmann, do PV. "Ele fugiu de novo", acusou o petista. "São Paulo precisa de coragem e de quem não fuja e encare as responsabilidades", encerrou o locutor."Candidato dos ricos"

O debate da Record também foi explorado pelo candidato Paulo Skaf, do PSB. A inserção ressaltou que Skaf foi o único dos candidatos que participaram do evento a receber nota 9 dos eleitores, sem citar a origem da informação.

A peça mostrou trechos nos quais o ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) negou ser o "candidato dos ricos" e cobrou de Alckmin promessa que teria sido feita pelo tucano nas eleições de 2002. "O candidato havia prometido que não haveria pedágio no trecho oeste do Rodoanel. E há."

Celso Russomanno, do PP, também focou em Alckmin, criticando realizações mostradas na peça do adversário. A inserção do PP combateu o discurso do tucano de que o governo paulista já entregou 310 mil casas populares. "E onde elas estão?", ironizou. "E onde há estão com a laje rachada."

Trânsito

O candidato do PV, Fabio Feldmann, mostrou uma ilustração na qual uma criança brincava com carrinhos de brinquedo, formando um pequeno congestionamento. "O trânsito se tornou uma prisão sobre rodas", metaforizou o candidato. "O governo é responsável por oferecer um transporte público bom e barato", defendeu.

O candidato Mancha, do PSTU, criticou as filas para exames e consultas nos hospitais públicos. Igor Grabois, do PCB, afirmou que os programas habitacionais do governo federal e estadual privilegiam as construtoras em detrimento da população. Anaí Caproni, do PCO, criticou a concessão de estradas e a qualidade do transporte público. E Paulo Bufalo, do PSOL, reclamou da quantidade de praças de pedágio em São Paulo.

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