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O comerciante Liro Gorris, morador de Santa Rita, no Paraguai: candidatos prometem integração | Christian Rizzi / Gazeta do Povo
O comerciante Liro Gorris, morador de Santa Rita, no Paraguai: candidatos prometem integração| Foto: Christian Rizzi / Gazeta do Povo

Consulado serve de posto de votação

Embora a maior parte dos brasileiros que vive em regiões fronteiriças a Foz do Iguaçu vá cruzar o Rio Paraná para votar neste domingo, há aqueles que preferem não ter o trabalho de se deslocar até o Brasil para ir as urnas. Para isso, se cadastram nas repartições consulares, onde só será possível votar para presidente, conforme a legislação brasileira.

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Para votar no Brasil, eleitor deve ter vínculo

O voto de imigrantes brasileiros que moram no Paraguai é permitido desde que o eleitor ainda possua algum vínculo econômico com o Brasil. Ou seja, tenha uma propriedade rural, comercial ou residência no país. Esse, porém, não é o caso da maioria. Apesar disso, estimulados por políticos, inúmeros brasiguaios conseguiram, no passado, fazer o título de eleitor ao burlar endereços, simulando residência em Foz do Iguaçu.

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Sem informação suficiente para votar, pelo menos 30 mil imigrantes brasileiros no Paraguai – os chamados brasiguaios – cruzarão a fronteira com o Brasil amanhã para escolher candidatos que mal conhecem. Embora não seja proibida pela legislação brasileira, a campanha política nas cidades "brasiguaias"é tímida.

Não há cavaletes com imagens e números de candidatos brasileiros, muito menos cartazes e faixas nas ruas. O que se vê são santinhos espalhados em pontos comerciais e nas mãos de alguns eleitores.

"Estou bem por fora dos candidatos", diz o comerciante Mauro Espanholi. Ele pretende votar no Brasil, mas conta que não tem assistido nem mesmo a propaganda no horário eleitoral gratuito. O programa é exibido por meio dos canais de televisão brasileiros, cujo sinal é captado com facilidade no Paraguai.

Sempre em contato com os outros imigrantes no país, o produtor Juacir Repossi comenta que os brasileiros não conhecem bem os candidatos, principalmente a deputado e senador. "Para presidente, os brasileiros [que vivem no Paraguai] têm alguma noção em quem votar, mas para o resto não", afirma Repossi, que está radicado há 40 anos no Paraguai.

Corpo a corpo

Pensando em conseguir votos que podem garantir a vitória nas urnas, alguns candidatos ao Senado, Câmara Federal e Assembleia Legislativa percorreram os municípios do Paraguai que fazem fronteira com o Brasil para fazer corpo a corpo. Santa Rita e San Alberto, municípios situados na faixa de fronteira com o Brasil e com maior concentração de imigrantes, foram algumas das localidades visitadas pelos candidatos.

"Os candidatos prometeram mais integração com o Brasil e entre os paraguaios e brasileiros", diz o comerciante Liro Gorris, morador de Santa Rita e uma das lideranças entre os brasileiros que vivem no Paraguai. Ele conta que tem recebido, a todo momento, telefonemas de brasileiros que vivem no Paraguai para saber se candidatos estarão oferecendo transporte gratuito até a Ponte da Amizade – ligação entre Brasil e Paraguai – no dia das eleições.

Transporte

Segundo ele, os eleitores falam em não ir votar caso não haja o transporte gratuito. O transporte de eleitores é liberado no Paraguai porque a legislação eleitoral brasileira não tem validade no país vizinho. Mas no lado brasileiro, o transporte de passageiros é proibido. A prática será coibida pela Polícia Federal (PF), que estará de plantão na Ponte da Amizade no dia das eleições. Segundo a Justiça Eleitoral, tanto quem oferece, quanto quem usufrui do transporte irregular pode ser penalizado.

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