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Dilma e Marina: participação feminina dentre os principais candidatos à Presidência contrasta com a das chapas no Paraná | Fotos: Evaristo Sá/AFP
Dilma e Marina: participação feminina dentre os principais candidatos à Presidência contrasta com a das chapas no Paraná| Foto: Fotos: Evaristo Sá/AFP

Número de candidatas mais que dobra no Paraná, mas não atinge a cota legal

A participação feminina nas eleições deste ano para a Câmara dos Deputados e Assembleia Le­­gislativa mais que dobrou em relação a 2006 no Paraná. Neste ano, serão 65 candidatas ao cargo de deputado federal e 146 ao de parlamentar estadual. Em 2006, foram 26 mulheres concorrendo à Assembleia e outras 65 à Câmara.

Apesar desse crescimento, os números continuam abaixo do que exige a legislação eleitoral, que determina que cada partido ou coligação deve preencher no mínimo 30% e no máximo de 70% das vagas da chapa com candidaturas de cada sexo. Pela lei, deveriam ser 175 candidatas à Assembleia e 88 à Câmara. Os números contrastam com a participação feminina na eleição presidencial, na qual duas dos três principais candidatos são mulheres: Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV).

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Em nenhum dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal, o percentual de candidatas atingiu os 30% previstos em lei. O dado é resultado de levantamento feito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o pleito deste ano, que contará com 20.358 candidatos em todo o país, de acordo com atualização do tribunal até as 22h desta quinta-feira. Desse total, 20,7% das candidaturas era de mulheres.

Segundo a legislação eleitoral, cada chapa deve ter no mínimo 30% das vagas destinadas a cada sexo. Apesar de não citar as mulheres, o artigo foi incluído para incentivar a participação feminina na política brasileira.

O percentual mais baixo da presença de mulheres está no Paraná, onde apenas 11,1% dos 922 políticos que pediram registro de candidatura são do sexo feminino. De acordo com os dados do TSE, o Espírito Santo é o segundo estado com menos mulheres na disputa eleitoral (12,5%).

Entre as unidades da federação que não chegaram à metade do percentual exigido por lei estão Pernambuco, Rio Grande do Norte e Maranhão.

Santa Catarina e Rio de Janeiro estão empatados na posição de estado brasileiro que mais se aproxima do que pretende a lei. Entre os 564 registros de candidatura apresentados ao Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC) 27,8 % têm como titulares mulheres. No Rio, o número de candidatos é ainda maior: 3.129.

Além desses dois estados, o Rio Grande do Sul e o Distrito Federal foram as unidades da federação que mais se aproximaram do mínimo exigido. A lei prevê ainda como um dos objetivos da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão "difundir a participação política feminina, dedicando às mulheres o tempo que será fixado pelo órgão nacional de direção partidária, observado o mínimo de 10%".

Entre os maiores partidos brasileiros, o PMDB é o que conta com a menor participação de mulheres na disputa para uma vaga na Câmara: 12,6%. O PSDB tem 32% de seus concorrentes a deputado federal do sexo feminino. No PT, esse índice é de 29,2%, e no DEM, de 5,8%.

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