Líderes da coligação que apoia o presidenciável José Serra (PSDB) anunciaram nesta sexta-feira (22) que vão entrar com representação na Procuradora Geral da República (PGR) pedindo apuração do incidente ocorrido durante evento com Serra no Rio de Janeiro. Durante caminhada em Campo Grande na quarta-feira (20), Serra foi atingido por uma bolinha de papel e um objeto na cabeça.

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A representação será dirigida contra dois manifestantes: um é ex-candidato do PT à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e outro é diretor do Sindicato de Agentes de Combate à Endemias. Segundo os líderes, eles também pedem que a PGR requisite um inquérito à Polícia Federal (PF).

Os líderes querem saber extensão da responsabilidade de cada um dos manifestantes no caso, as ramificações e se há participação do PT no episódio. A representação, segundo o senador eleito Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), é baseada em três artigos do código eleitoral: 242, 331 e 332. Todos eles se referem ao impedimento do exercício da propaganda eleitoral.

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"Não é questão de saber se a bola era branca ou preta, essa é uma falsa questão. (...) Tem que haver revolta contra isso", diz Guerra. Segundo ele, essa é uma questão que tem relação com a defesa do futuro da democracia no país.

Todos os líderes fizeram duras crítricas aos comentários de Lula e Dilma. Participaram da coletiva em São Paulo Jorge Bornhausen e Rodrigo Maia (DEM), Arnaldo Jardim (PPS) e os tucanos Álvaro Dias, Sérgio Guerra , Aloysio Nunes e Henrique Reis Lobo.

"A versão que o presidente da República e de sua candidata deram da agressão sofrida por José Serra no Rio de Janeiro já foi completamente pulverizada pela análise das imagens. O fato incontestável é que uma manifestação pacífica foi brutalmente perturbada, hostilizada e depois interrompida por uma tropa de choque organizada previamente e dirigida por militantes do PT", disse o senador eleito. Para ele, o mais grave do episódio é que o presidente da República tenha se permitido "caçoar da vítima".

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