A campanha do candidato José Serra(PSDB) iniciou ontem, na propaganda eleitoral gratuita, uma contraofensiva para fugir da imagem de privatista que lhe tem sido atribuída pela campanha de Dilma Rousseff (PT).
"No Brasil, nos últimos 25 anos, todos os presidentes privatizaram: Sarney, Collor, Itamar, FHC e Lula. Em cada época por necessidades diferentes", disse Serra. Ele ainda assegurou que irá "fortalecer as empresas públicas brasileiras", como a Petrobras, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, os Correios e a Eletrobrás.
O tucano condenou ainda o uso de estatais para fins privados na atual gestão, numa alusão ao escândalo da Casa Civil, que envolveu os Correios. "Um governo não pode admitir escândalos e nem conviver com parentes e amigos, que na sala do lado se servem do dinheiro público", declarou o tucano, se referindo ao lobby feito pelo filho da ex-ministra Erenice Guerra, Israel Guerra, na Casa Civil para supostamente facilitar negócios privados com os Correios.
Serra ainda apresentou um programa de obras para se contrapor ao PAC do governo Lula. Prometeu obras para a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016, destacando a melhoria dos aeroportos de Curitiba, Goiânia (GO), Cuiabá (MT), Porto Seguro (BA), Confins (MG), Galeão (RJ) e Guarulhos (SP).
Já a petista, no programa eleitoral, voltou a criticar seu adversário, chamando novamente de "turma do contra" e declarando que "eles" só pensam em vender as empresas públicas. Além disso, Dilma acusou Serra e seus aliados políticos de "enfraquecerem o Brasil".
Carta a Marina
O PSDB entregou ontem ao PV uma carta de intenções para obter o apoio de Marina Silva no segundo turno. A carta traz seis pontos em que haveriam entendimento estabelecido: voto distrital, valorização dos policiais, aumento da matriz renovável de energia, vantagens tributárias para produtos sustentáveis, veto à anistia dos desmatadores e reforma tributária.
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