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A criação de um marco regulatório para limitar a atuação dos chefes do Executivo em campanhas eleitorais divide também a opinião de parlamentares do estado ouvidos pela reportagem – o projeto precisa da aprovação do Congresso Nacional para entrar em vigor. As maneiras de analisar o tema variam conforme o partido do deputado.

Candidato a vice na chapa de Osmar Dias (PDT) ao governo do estado, Rodrigo Rocha Loures (PMDB) é o mais enfático. Ele não poupa críticas à iniciativa de José Serra (PSDB). "É uma declaração sob medida, eleitoreira, um chororô que eu não levo a sério. Por que não reclamou antes?", questionou ele, cujo mandato termina em fevereiro. O PMDB integra a base de apoio do governo Lula e faz parte também da aliança de Dilma Rousseff.

Eleito para o quarto mandato como deputado federal, Dr. Rosinha (PT) é outro que não vê utilidade na apreciação de apenas um tema pontual da estrutura política do país. "A eleição segue como sempre foi. Se há exageros do Lula há também aqui em Curitiba, por parte da prefeitura. O que o Brasil precisa é de uma reforma política de verdade", afirma o petista, defendendo, entre outras coisas, o financiamento público de campanha.

O único a concordar com Serra é o tucano Gustavo Fruet, correligionário do presidenciável. "Trata-se de uma iniciativa extremamente importante. Se os usos e costumes da política não regularizam a questão, tem de se impor certos limites. O eleitor não sabe separar por exemplo o que é a fala do presidente e o que é a fala do Lula, por isso a lei é necessária", disse Fruet, que também deixará a Câmara no início do ano que vem – ele terminou em terceiro a disputa por uma cadeira no Senado.

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