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A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, se negou na tarde deste domingo (12) a responder perguntas de jornalistas sobre o tema principal da edição deste final de semana da revista "Veja", que apontou a existência de um suposto esquema de lobby pelo qual o filho da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, teria negociado contratos dos Correios com empresas privadas.

Em visita a uma associação de moradores da favela de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, a candidata foi questionada, mas afirmou que comentar o assunto seria se ater à "pauta" do adversário José Serra (PSDB).

"Eu não vou ficar me atendo à pauta do meu candidato adversário. A minha pauta é propositiva. Quero discutir propostas", declarou a presidenciável, que na visita estava acompanhada do senador Aloizio Mercadante (PT), candidato ao governo de São Paulo; dos candidatos ao Senado por São Paulo Marta Suplicy (PT) e Netinho (PC do B); e do presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra.

A atual ministra Erenice Guerra era a principal auxiliar de Dilma quando a candidata ainda era a titular da Casa Civil da Presidência da República. Erenice Guerra negou a acusação e disse que pretende processar a revista "Veja". O empresário que teria feito denúncia de cobrança de propina por parte do filho da ministra em troca do fechamento de um contrato com os Correios divulgou nota desmentindo a publicação. A revista manteve as informações, afirmando ter gravações e documentos.

Diante da insistência dos repórteres, Dilma voltou a rechaçar o tema. "Meu querido, eu não vou insistir nesse fato. Esses saltos mortais que pegam o fato e querem ligar a mim e no meio não tem nada, eu não vou mais dar combustível para isso. Eu não tenho nada a provar", declarou.

Segundo a candidata, o assunto mais importante da visita a Paraisópolis era a proposta de campanha de criar melhores condições de infra-estrutura em comunidades de favelas.

"Nós, do Brasil, temos de transformar favelas, vilas populares precárias, em verdadeiros bairros. É isso que vai levar à melhoria de vida das grandes comunidades das regiões metropolitanas. Isso significa saneamento, habita;ção, água tratada e também que, em um bairro de 150 mil pessoas, não pode deixar de ter atendimento médico, hospital, unidades de pronto-atendimento 24 horas, policlínicas especializadas e inclusive clínicas da mulher", declarou.

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