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Debate na Rede Massa com quatro candidatos ao governo do estado: Salamuni, Richa, Osmar E Bergmann puderam escolher para quem direcionar as perguntas | Antônio Costa / Gazeta do Povo
Debate na Rede Massa com quatro candidatos ao governo do estado: Salamuni, Richa, Osmar E Bergmann puderam escolher para quem direcionar as perguntas| Foto: Antônio Costa / Gazeta do Povo

Clima também foi tenso em debate na APP

Antes do encontro no SBT, Beto Richa e Osmar Dias já haviam trocado acusações ontem pela manhã durante debate na APP-Sindicato, que representa os professores da rede estadual de ensino. Até aquele momento, havia conhecimento apenas da pesquisa Ibope de anteontem. O levantamento do Datafolha seria mostrado apenas à noite, antes do duelo televisivo.

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  • Veja alguns fatos ocorridos nos bastidores do debate na Rede Massa

Pela primeira vez desde o início da campanha eleitoral, os dois principais candidatos ao governo do Paraná se confrontaram diretamente ao vivo na televisão. Ontem, no debate realizado pela Rede Massa (SBT), Beto Richa (PSDB) e Osmar Dias (PDT) aproveitaram a possibilidade de fazerem perguntas entre si para trocar farpas e se acusar mutuamente sobre diversos assuntos. Diante da aproximação entre eles nas últimas pesquisas de intenção de voto divulgadas nesta semana, a discussão de propostas de governo praticamente inexistiu, dando lugar a um bate-boca que marcou quase todo o encontro. Também participaram do debate os candidatos Paulo Salamuni (PV) e Luiz Felipe Bergmann (PSol).

Richa acusou Osmar de fazer uma aliança de conveniência com o ex-governador Roberto Requião (PMDB), que foi adversário do pedetista na última eleição para o governo do estado. O tucano também citou o fato de Osmar ter feito uma consulta formal ao diretório nacional do PDT, em junho, para ser candidato ao Senado na chapa tucana, o que demonstraria a incoerência do pedetista. Por fim, Richa ainda criticou Osmar por tentar fazer "pegadinhas" durante o debate e o acusou de ter votado a favor da privatização de diversos setores enquanto esteve no Senado.

Já Osmar disse que Richa está tentando confundir o eleitor ao copiar propostas de campanha e programas iniciados por Requião e pelo presidente Lula. Na sequên­cia, o pedetista negou ser a favor das privatizações e afirmou que foi o tucano quem votou pela venda do Banestado e que ainda teria tentado fazer o mesmo com a Copel e com a Sanepar. O senador ainda chamou o adversário de "filho político" de Jaime Ler­­ner, o que não teria sido, segundo Osmar, suficiente para ensiná-lo a ser prefeito.

O clima esquentou bastante no terceiro bloco, quando os candidatos puderam escolher a quem fariam perguntas. Ao questionar Richa sobre a federalização de rodovias paranaenses, Osmar foi acusado de tentar fazer uma "pegadinha" com o adversário. Dizendo que uma eleição não pode ser transformada em gincana, o tucano acusou Osmar de ser "biruta de aeroporto conforme conveniências pessoais", quando, pouco antes das convenções partidárias, teria garantido que não sairia candidato a governador "em hipótese alguma". "Meu Deus, como você mudou. Fizemos uma consulta ao diretório nacional e ficou decidido que eu só poderia ser cabeça de chapa em uma eventual coligação", rebateu Osmar. "O senhor que não cumpriu a promessa de ficar na prefeitura de Curitiba e despencou pelo estado por vaidade pessoal como se fosse brincadeira se eleger prefeito."

Em seguida, o senador disse que o tucano estaria copiando suas propostas de campanha nos últimos dias e afirmou que "quem entende de privatização é meu adversário". A declaração foi uma resposta à acusação de Richa de que ele teria votado a favor da privatização da telecomunicação e de outros setores no Senado. "Tudo que tiver de bom vou continuar e ampliar. O senhor votou sim pela privatização e fez uma pegadona no bolso do trabalhador, quando votou contra uma multa de 40% sobre o saldo do FGTS no Senado", devolveu Richa.

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