A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, evitou nesta nesta sexta-feira (1), em entrevista em Porto Alegre (RS), comentar a possibilidade de decisão da eleição do próximo domingo (3) em primeiro ou segundo turno. "Estou pronta para o que der e vier", afirmou a candidata.

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Na capital gaúcha nesta sexta (1), após participar do batizado do neto, Dilma também reiterou suas declarações sobre doações eleitorais feitas no dia anterior no debate entre os presidenciáveis na TV Globo.

Dilma disse não concordar com a afirmação, sugerida por um jornalista, de que tenha cometido um "escorregão" ao abordar doações de campanha.

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No debate de quinta-feira (30), Dilma afirmou: "Nós registramos todas as doações, que são oficiais na minha campanha, no Tribunal Superior Eleitoral". Houve risos na plateia, e a candidata completou em seguida: "E gostaria de deixar claro que todas as doações são oficiais. Lamento os risos de quem tem outras práticas. A minha não é essa".

Em Porto Alegre, Dilma usou os mesmos termos ao comentar o episódio. "As minhas doações são legais, se eles [parte do público] riram é porque as deles não são", afirmou, ao final da entrevista. "Eles, vocês descubram quem são", acrescentou.

Decisão do STF sobre dois documentos e suposto telefonema de Serra a Mendes

A candidata do PT também elogiou a decisão do Supremo Tribunal Federal que derrubou a exigência do título de eleitor para votar, em resposta a pedido apresentado pelo PT. Para Dilma, o resultado do julgamento beneficia todas a camadas da população e amplia o direito de votar.

Dilma também afirmou que não fará "ilações" sobre o episódio do pedido de vista do ministro Gilmar Mendes durante o julgamento do pedido do PT no STF. "Não faço ilação, porque eu não tenho provas", respondeu a petista, após ser questionada sobre o suposto telefonema do candidato José Serra (PSDB) ao ministro durante o julgamento do caso.

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"O jornal ["Folha de S.Paulo"] noticiou, apareceu a foto [de Serra ao telefone, supostamente com Mendes] e eu não tenho provas que houve interferência, que houve a ligação, que foi por isso ou por aquilo que foi pedido vista", declarou a candidata.

"Agora, sem sombra de dúvida, se foi, eu acho muito grave, porque é um caso de aparelhamento do Estado flagrante", completou. A ex-ministra, no entanto, disse não acreditar "que o ministro Gilmar Mendes faria isso".

Serra já havia se manifestado contra a derrubada da exigência, e Gilmar Mendes, após pedir vista, acabou votando nesse sentido, pela manutenção da exigência dos dois documentos.

Remédios

Dilma aproveitou o inicio do mês dedicado aos idosos para citar programas federais que beneficiam esse setor da população. Segundo ela, os investimentos federais na distribuição de remédios por meio do programa Farmácia Popular cresceram de R$ 17,7 milhõesem 2003 para R$ 46 milhões, no caso especifico do tratamento de osteoporose.

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Para a doença de Alzheimer, a cifra evoluiu de RS 8,1 milhões para R$ 129 milhões no mesmo período, afirmou a candidata.

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