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Erenice diz que precisa de paz e tempo | Elza Fiúza / ABr
Erenice diz que precisa de paz e tempo| Foto: Elza Fiúza / ABr

Íntegra da carta de demissão da ex-ministra Erenice Guerra

"Excelentíssimo Senhor Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente da República.

Nesta, senhor Presidente, nos últimos dias, fui surpreendida por uma série de matérias vinculadas por alguns órgãos da imprensa contendo acusações que envolvem familiares meus e um ex-servidor lotado nesta pasta, tenho respondido uma a uma, buscando esclarecer o que se publica e principalmente a verdade dos fatos, defrontando-me com toda a sorte de afirmações, ilações e mentiras que visam a desacreditar o meu trabalho e atingir o governo ao qual sirvo.

Leia a íntegra da nota

Carlos Lima assume Casa Civil no lugar de Erenice Guerra

A ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, apresentou no começo desta tarde sua demissão "em caráter irrevogável". Na carta encaminhada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, lida pelo porta-voz, Marcelo Baumbach, Erenice afirmou que foi surpreendida nos últimos dias por uma série de reportagens contendo acusações que qualificou como "mentirosas" e que tem respondido uma a uma.

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Irmão e filho de Erenice são demitidos de estatais do DF

José Euricélio Alves de Carvalho, irmão da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, foi exonerado nesta quinta-feira (16) da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) a pedido do governo do Distrito Federal. O governador Rogério Rosso (PMDB) também determinou nesta quinta à tarde à Companhia Imobiliária do Distrito Federal (Terracap) a demissão de Israel Dourado Guerra, filho de Erenice.

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No Pará, Lula evita falar sobre demissão de Erenice Guerra

Nas primeiras horas de sua visita à capital do Pará, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva evitou comentários públicos sobre a saída de Erenice Guerra do cargo de ministra-chefe da Casa Civil. O motivo principal da visita do presidente à Belém é a participação de um comício com a governadora Ana Júlia Carepa (PT) nesta quinta-feira (16) à noite. À tarde, Lula participou de uma solenidade de lançamento de editais para a construção e reforma de rodovias no Estado.

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Serra: saída de Erenice mostra que caso não é eleitoral

O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, disse hoje que a saída da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra do cargo, após denuncias de suposto tráfico de influências, não é uma questão eleitoral, mas está ligada aos rumos do Brasil. "Não são não (denuncias de caráter eleitoral). A prova é que o governo teve de afastar essa todo-poderosa ministra", disse Serra, em Campinas, no interior paulista.

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No Rio, Dilma diz que Erenice tomou atitude correta ao deixar Casa Civil

A candidata à Presidência da República pelo PT, Dilma Rousseff, disse nesta quinta-feira (16) que a ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, tomou atitude correta ao deixar o cargo. "Eu considero que a ministra tomou a atitude mais correta. Como o caso exige investigação, sempre bom que a autoridade se afaste para garantir e assegurar que a investigação transcorra da melhor forma possível," disse em evento no Rio de Janeiro.

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O porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach, anunciou oficialmente nesta quinta-feira (16) a demissão de Erenice Guerra da Casa Civil.

O substituto interino é o atual secretário-executivo da Casa Civil, Carlos Eduardo Esteves Lima. De acordo com o Planalto, deve ser nomeado na próxima semana o novo ocupante do cargo.

No Palácio do Planalto, o porta-voz leu a carta de demissão "em caráter irrevogável" redigida por Erenice. Ela classificou como "levianas" as denúncias contra ela e disse "necessitar de paz" para se defender.

Na carta de demissão, Erenice voltou a dizer que as acusações contra ela têm motivação eleitoral. "Por ter formação cristã, não desejo nem para o pior dos meus inimigos que ele venha a passar por uma campanha de desqualificação como a que se desencadeou contra mim e minha família. As paixões eleitorais não podem justificar esse vale-tudo", disse. Na última terça-feira (7), ela divulgou nota em que atribui as denúncias a um "candidato aético e derrotado".

A decisão de substituir Erenice foi tomada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva após uma reunião com a ministra nesta quinta.

Segundo reportagem da revista "Veja", Israel Guerra, filho da ministra, teria intermediado contratos de uma empresa de transporte aéreo MTA com os Correios mediante pagamento de propina.

Nesta quinta (16), reportagem do jornal "Folha de S.Paulo" diz que Israel também pediu uma comissão para obter no Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) empréstimo para uma empresa energética. De acordo com a publicação, os donos da companhia se reuniram com Erenice em novembro do ano passado.

Desde que as denúncias começaram a aparecer na imprensa, no último sábado (11), Erenice se defendeu por meio de notas à imprensa.

Ela negou as acusações e pediu, na terça-feira (13), que o Ministério da Justiça e a Controladoria-Geral da União investigassem os contratos firmados com suposta participação de Israel Guerra. No mesmo dia, Lula reuniu ministros do governo para pedir explicações públicas sobre as acusações.

O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, anunciou abertura de inquérito pela Polícia Federal para verificar se houve tráfico de influência nas operações da empresa aérea e os Correios, mas excluiu a ministra das investigações.

Na ocasião, o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, alegou que Erenice não "está diretamente ligada aos fatos". Os Correios divulgaram nota confirmando que mantém contratos com a MTA, mas alegou que os negócios era legais e firmados após processo de licitação. A empresa de transporte aéreo negou que tenha relações "contratuais ou negociais" com Erenice e Israel Guerra.

Atuação no ministério

Antes de assumir como ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra ocupava o cargo de secretária-executiva do ministério. A atuação ao lado da então ministra Dilma Rousseff vinha desde o Ministério de Minas e Energia.

Como secretária-executiva da Casa Civil, Erenice foi envolvida no escândalo da quebra de sigilo da ex-primeira-dama Ruth Cardoso, mas não teve participação comprovada.

Logo após assumir o cargo deixado por Dilma Rousseff, Erenice foi peça importante na negociação prévia e no lançamento do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), em maio deste ano. O plano colocou a estatal Telebras como "espinha dorsal" da banda larga no Brasil.

Durante o período de Erenice no cargo ocorreram as enchentes nos estados de Alagoas e Pernambuco. A Casa Civil coordenou o envio de fundos para atender às vítimas das enchentes.

A ministra-chefe tocou a contratação de empresas para construir a hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA). Também durante sua passagem pelo cargo, Erenice participou da tramitação do processo de capitalização da Petrobras referente à área do pré-sal.

Mais recentemente, ela participou da criação do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Cerrado (PPCerrado), lançado nesta quarta (15) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Erenice cancelou de última hora a presença na cerimônia de lançamento do plano.

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