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O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, afirmou nesta terça-feira (28) que o tempo para conclusão das investigações da Polícia Federal sobre denúncias referentes a suposto tráfico de influência na Casa Civil e quebra de sigilos junto à Receita Federal, é desconectado do calendário eleitoral.

"A Polícia Federal tem um tempo de condução dos inquéritos. Esse tempo é medido pelo número de testemunhas, pela produção da prova, é um tempo desconectado do calendário eleitoral. A PF segue na apuração firme nesses processos, o ideal é trazer a verdade à população brasileira no tempo que a polícia tem para a produção de uma prova adequada", disse o ministro.

Luiz Paulo Barreto falou sobre o assunto durante o anúncio da campanha nacional de desarmamento, que será permanente a partir deste ano. De acordo com o ministro, a política tem sido fundamental para a redução da taxa de homicídios no país.

A Polícia Federal pretende ouvir ainda esta semana os depoimentos de Vinícius Castro, ex-assessor da Casa Civil, da mãe dele, Sônia, e do tio dele, Marco Antonio de Oliveira, acusados de envolvimento no suposto esquema de tráfico de influência no governo. Os depoimentos dos dois primeiros estavam marcados para segunda-feira (27), mas foram adiados, assim como o de Marco Antonio, que estava marcado para esta terça e foi transferido para a próxima semana.

Marco Antonio é irmão de Sônia, uma das donas da Capital Consultoria e Assessoria, empresa que seria responsável por intermediar contratos de empresas privadas com órgãos do governo federal a partir de suposto esquema de tráfico de influência da ex-ministra-chefe da Casa Civil Erenice Guerra. O escândalo culminou na saída de Erenice do governo.

No dia 2 de setembro, a Polícia Federal assumiu o comando das investigações sobre o vazamento de dados sigilosos da Receita Federal. As investigações apontam que, além do sigilo de Veronica Serra (filha do candidato José Serra), também foram violados os dados do marido dela, Alexandre Bourgeois, do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, e de outras pessoas ligadas ao partido.

O contador Antônio Carlos Atella, que utilizou uma procuração falsa para acessar dados fiscais de Veronica Serra, está sendo ouvido novamente pela Polícia Federal em São Paulo nesta terça-feira (28).

Na semana passada, Atella foi indiciado no inquérito, ou seja, tornou-se oficialmente suspeito de participar da fraude. Ele nega ter falsificado a assinatura de Veronica e diz desconhecer quem solicitou os documentos. Segundo ele, o pedido para retirar cópias de declarações de imposto de renda da filha de Serra foi encomendado pelo despachante Ademir Cabral, que nega envolvimento no caso.

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