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A chapa do candidato tucano foi multada em R$ 300 mil depois de divulgar uma pesquisa que não havia sido registrada | Christian Rizzi/ Gazeta do Povo
A chapa do candidato tucano foi multada em R$ 300 mil depois de divulgar uma pesquisa que não havia sido registrada| Foto: Christian Rizzi/ Gazeta do Povo

Cara a Cara

Último debate será decisivo

O debate de amanhã, às 22 horas, na RPC TV, é considerado pelas coordenações de campanha de Beto Richa (PSDB) e Osmar Dias (PDT) como decisivo. Será o último encontro entre os concorrentes antes da definição do primeiro turno. Participam também Paulo Salamuni (PV) e Luiz Felipe Bergman (PSol), candidatos cujos partidos têm representatividade no Congresso Nacional. Tanto Richa quanto Dias prometem interromper a agenda de campanha amanhã, dedicando o tempo para o estudo de assuntos que serão abordados na televisão.

O debate, mediado pela jornalista Sandra Annemberg, será dividido em cinco blocos com duração de 20 minutos. No primeiro e no terceiro, os candidatos responderão a perguntas com temas pré-determinados. No segundo e quatro blocos, tema livre. A parte final será dedicados às últimas considerações. (CEV)

  • De outro lado, Osmar Dias deve perder 1 minuto e 58 segundos de propaganda de rádio hoje, segundo o advogado de Richa

Confirmando as expectativas de tensão crescente, a última semana do primeiro turno das eleições começou acirrada nos bastidores das campanhas dos dois principais candidatos ao governo do estado, Beto Richa (PSDB) e Osmar Dias (PDT). Atendendo a um pedido da coligação liderada pelo pedetista, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) aplicou multa de R$ 300 mil à chapa de Richa por propaganda irregular. De acordo com o TRE, o tucano não cumpriu a ordem que proibia a divulgação de uma pesquisa que não havia sido registrada. O levantamento mostrava o ex-prefeito de Curitiba na liderança.

No sábado, em Dois Vizinhos, no Sudoeste, Rose Litro (PSDB), candidata a deputada estadual, usou um carro de som para propagar a pesquisa, desobedecendo à decisão do juiz eleitoral Daniel Pereira Sobreiro, que na quinta-feira concedeu liminar ordenando a suspensão imediata da divulgação. "É uma pesquisa clandestina, que a aliança adversária estava propagando por e-mail. Desta vez usaram um carro de som. Se repetirem, a multa será de R$ 500 mil", diz Leandro Rosa, coordenador jurídico da campanha de Osmar.

O lado tucano promete entrar com recurso hoje no TRE pedindo revisão da decisão. De acordo com Ivan Bonilha, advogado que representa a chapa, "não houve tempo hábil de a decisão ser divulgada em todos os municípios". "Precisa-se de tempo para as pessoas do interior ficarem sabendo. Sempre há um tempo para a entrada em vigor de uma lei. Acredito que o bom-senso prevalecerá, até porque já determinamos a proibição de qualquer divulgação", afirma ele.

A "guerra jurídica" deve se intensificar ainda mais nos próximos dias. O PDT entrou, também no fim de semana, com uma representação contra Richa pelo uso indevido do tempo de propaganda destinada aos candidatos ao Senado e a deputado. A Gazeta do Povo apurou que alguns correligionários do candidato do PSDB, que não quiseram ser identificados, reclamaram da perda de espaço às vésperas da eleição, marcada para domingo. A chapa de Dias reclama ainda do uso indevido de propaganda institucional por parte da prefeitura de Curitiba – publicidade "casada" com a do candidato tucano.

A aliança tucana contra-atacou. Segundo Bonilha, o adversário perdeu 1 minuto e 58 segundos de propaganda de rádio. A sentença será cumprida hoje. "É por ter distorcido as palavras do Beto naquela questão dos professores", diz, em referência a uma declaração do tucano, em Apucarana, no início do mês, que reclamou do comportamento de alguns professores. O PSDB ingressou ainda com ações contra Rodrigo Rocha Loures, vice de Osmar, por abuso econômico, e contra a aliança por tentativa de compra de votos – o site da campanha estaria oferecendo R$ 60 para quem quisesse trabalhar na semana pré-eleitoral. "Em relação ao Rocha Loures a liminar já foi arquivada. A outra ação foi indefirida", revela Leandro. "Es­­­tamos desarmados, mas a semana promete", diz Bonilha.

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