A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, afirmou neste sábado que a pior parte desta campanha foram "as mentiras sorrateiras que saíram do baixo mundo da política, de quem não tem coragem de sair a público". Ela concedeu uma breve entrevista na manhã deste sábado, véspera das eleições, no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, de onde sairá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para uma carreata pelas ruas centrais da cidade.

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Dilma evitou falar em um eventual segundo turno com o candidato tucano José Serra e não cedeu nem mesmo ao ser indagada qual seria a sua estratégia caso as eleições não sejam decididas amanhã. "Não vou decidir segundo turno e nem o primeiro. É prudente aguardar", afirmou.

A candidata pregou durante toda a entrevista a continuidade do governo Lula. Citou várias realizações do presidente, como o Bolsa-Família, o programa Luz para Todos, o aumento no número de empregos, relacionando-as com as viagens que fez durante sua campanha.

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Dilma pediu que o eleitor, ao votar amanhã, decida-se por "continuar a trajetória de mudança" ou pelo retorno "do período de estagnação, desemprego e paralisia", numa referência ao governo anterior de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), do partido do seu adversário José Serra.

A candidata do PT afirmou ainda que o Brasil tem chances de ser uma das maiores economias do planeta e que este objetivo só será atingido se o trabalho do presidente Lula continuar. Ela voltou a prometer que irá erradicar a miséria no País e dar uma renda de classe média para todos os brasileiros.

Por fim, Dilma agradeceu a imprensa, disse que prefere "mil vezes as vozes críticas ao silêncio da ditadura". Ela considerou o encerramento da campanha em São Bernardo do Campo como simbólico.

No ABC paulista, o presidente Lula tornou-se conhecido nacionalmente ao liderar greves quando era presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, nas décadas de 70 e 80.

A carreata prevista para esta manhã sairá do sindicato, seguindo até a igreja matriz do município. O local, durante a greve dos 41 dias em 1980, serviu como sede do sindicato à intervenção do governo federal que considerou o movimento ilegal.

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O presidente Lula não quis falar com a imprensa.

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