O presidente nacional do PMDB e candidato a vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff, Michel Temer, disse na tarde desta quarta-feira (06) que a militância do partido irá "pleitear" uma participação maior na campanha da presidenciável do PT no segundo turno.

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Temer coordenou um encontro de lideranças peemedebistas na tarde desta quarta (6) em um hotel em Brasília. "Acho extremamente útil que agora estejamos todos unidos. O que se pleiteia é que o PMDB tenha mais presença", disse Temer.

O peemedebista disse que conversou ainda nesta quarta (6) com a candidata Dilma Rousseff sobre as reclamações dos peemedebistas por mais participação na campanha. Segundo ele, o pedido por espaço foi "bem aceito".

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"Teremos uma participação muito grande neste segundo turno. Houve um momento em que a militância reclamou muito, embora eu não tenha reclamado porque estava fazendo campanha em todo o país", afirmou o candidato a vice-presidente.

Temer ainda afirmou que fez o possível para conquistar votos, mesmo fazendo uma campanha que ele mesmo chamou de individual. "Eu participei da campanha, mas de fato eu fiz o possível individualmente. O que o PMDB reclamou é que eu não tive participação nos programas de TV e rádio. Uma palavra minha chamando os peemedebistas de todo o Brasil seria útil", afirmou.

O candidato a vice ainda disse que na conversa que teve nesta terça (5) com Dilma sugeriu que neste segundo turno, a propaganda política esclareça os 13 pontos principais que norteiam o plano de governo da candidata.

As queixas de Temer se somaram às de outras lideranças peemedebistas.saiba mais

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"Hoje, não temos mais uma meia aliança. Temos uma aliança completa. Precisamos compreender melhor a coordenação da campanha. A campanha entrou num piloto automático e isso não pode acontecer. O PMDB quer, sim, compartilhar tudo. Temos de tirar a campanha do piloto automático e levar para a rua, com o espaço que o PMDB merece", afirmou o senador Renan Calheiros (PMDB-AL).

O líder do partido na Câmara, deputado reeleito Henrique Alves (RN), disse que o partido não quer ficar somente na torcida por Dilma.

"Queremos participar. O que precisa ser dito vai ser dito. Reclamar será reclamado. Não aceitamos uma campanha de um partido só. Queremos uma vitória de todos", declarou.

Para o ex-ministro Moreira Franco (RJ), a campanha de Dilma necessita de uma correção de rumo. "Temos que fazer a campanha que estava projetada no primeiro turno, comparando os projetos da Dilma com os do Serra. Não vamos nos deixar seduzir por uma campanha de calúnia e difamação".

Um dos maiores defensores de uma participação mais intensa de Temer no primeiro turno é o ex-ministro de Integração Nacional Geddel Vieira Lima, candidato derrotado a govrnador na Bahia. Ele considera que o segundo turno é resultado da ausência de Temer na campanha. "Senti que, certamente por isso [ausência do Temer], tivemos agora um segundo turno", afirmou.

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Geddel, que perdeu o governo da Bahia para o petista Jaques Wagner, afirmou que não cabe estar no mesmo palanque que o candidato vitorioso ao governo do estado, mas que vai fazer o possível para ajudar na vitória de Dilma. "Já na sexta-feira, reúno prefeitos e lideranças da Bahia. Eu tive 1 milhão de votos e vou trabalhar para que esses votos vão para a Dilma", contou o ex-ministro.

O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) disse que a militância do PMDB pode fazer a diferença no segundo turno. "Por isso queremos uma maior participação do PMDB. A militância do PMDB é muito grande. Com todo respeito à militância do PT, mas a nossa militância pode fazer a diferença."

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