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Que o exercício da cidadania é importante para melhorar a democracia em uma sociedade, ninguém duvida. Além disso, da mesma forma é possível auxiliar na evolução do bairro, cidade, estado e até país. É o que procura incentivar o projeto Cidades Inovadoras, da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), que tem como objetivo apoiar municípios e comunidades na organização de planos de desenvolvimento que os levem no caminho da inovação e do crescimento sustentável.

Neste sábado (17), será realizado o Encontro de Agentes Cidades Inovadoras, em que mais de 1 mil pessoas vão discutir temas importantes para o avanço das cidades e comunidades. Aberto ao público, o evento terá debates concentrados principalmente em dois eixos: o municipal, discutido por agentes do projeto Cidades 2030, e o de comunidades, com a participação dos envolvidos nas Redes de Desenvolvimento Local.

"No andamento das nossas atividades identificamos que é necessário, para que a vocação empreendedora do brasileiro possa se manifestar em sua plenitude, que as cidades onde vivem também sejam inovadores", explica Rodrigo da Rocha Loures, presidente da Fiep. "E a população é a principal força disso, na medida em que entende que a inovação é um caminho para melhorar qualidade de vida, a renda e ir de encontro às oportunidades de crescimento", completa.

Segundo Loures, para que a inovação ocorra é necessário mais do que criatividade. É preciso ter métodos e técnicas para que o fato novo tenha aceitação social e se instale. Um fator essencial é que os cidadãos organizem sua voz em conjunto, para interferir na realidade e cuidar do futuro. "É muito comum as pessoas não terem voz e não serem ouvidas. A inovação tem a ver como democracia radical, com a democracia na base, em que o cidadão tem iniciativa e autonomia para se expressar. Aí as autoridades devem ter a sabedoria e atitude de fazer aquilo que o povo quer", explica o presidente da Fiep.

Dois projetos no mesmo encontro

Cidades 2030 e a Rede de Desenvolvimento Local são dois dos projetos que compõem o Cidades Inovadoras. O primeiro apresenta uma metodologia para que municípios elaborem planos de desenvolvimento de longo prazo – o primeiro a ser finalizado foi o Curitiba 2030, e no momento já está em andamento o Londrina 2030. Já as redes são um projeto de atuação pontual, que auxilia comunidades a formar planos de ação de curto e médio prazo. Agentes levam aos bairros das cidades uma metodologia para que se criem grupos dentro da comunidade para avaliar as prioridades e encontrar uma forma de melhorar a qualidade de vida na região.

Nas redes atua a agente Tatiana dos Santos, 22 anos, estudante de Comunicação Institucional na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). "A minha função é auxiliar e chamar a população para participar na rede e auxiliar na implantação da metodologia no bairro do Umbará", explica. Ela conta que no início não compreendia a amplitude do projeto, mas com o passar do tempo foi aprendendo, ajudando a comunidade e a si própria. "Meu nível de consciência política melhorou muito. Agora tenho um pensamento mais crítico sobre a cidadania e a política. Posso dizer que esse projeto mudou a minha vida", completa.

A participação no Encontro de Agentes Cidades Inovadoras é gratuita. Mais informações estão no site www.cidadesinovadoras.org.br.

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