O candidato a vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (PMDB), afirmou que a questão eleitoral "está sufocando o exame da quebra do sigilo fiscal" por parte da Receita Federal e que o grande problema é a violação de sigilo de "centenas de pessoas" e não de "três ou quatro" indivíduos ligados ao PSDB. "A quebra é muito mais ampla e isso que é grave isso que deve ser apurado. Lá em São Paulo se vende CDs com dados referentes à Receita Federal de centenas de pessoas e isso é que tem que ser apurado, não se deve fazer isso apenas no campo eleitoral", disse.

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O peemedebista afirmou também que a polêmica em torno do assunto não terá efeito eleitoral porque "a Dilma não tem nada a ver com isso". Temer participou no início da noite do Encontro Regional de Apoio à Dilma Rousseff Presidente, evento que reuniu mais de duas mil pessoas em Santos, no litoral paulista.

Questionado a respeito de seu partido estar dividido em São Paulo - onde o presidente estadual da legenda, Orestes Quércia, é candidato ao Senado ao lado dos tucanos, Temer afirmou que a grande maioria do partido apoia a chapa Dilma-Temer. Porém, ele não respondeu se será preciso realinhar a legenda após as eleições.

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Segundo Temer, o PMDB reuniu centenas de lideranças em Jales e em Ribeirão Preto, no interior do Estado, onde muitos prefeitos apoiam a coligação com o PT. "A unidade do PMDB está se fazendo com muita tranquilidade e naturalidade", disse, ignorando a pergunta sobre o fato de o prefeito de Santos, João Paulo Tavares Papa (PMDB), ser um forte aliado da candidatura de José Serra (PSDB) e ter sido porta-voz do grupo de prefeitos que manifestou apoio ao tucano nesta quarta-feira (1).

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